Entrevistão – João Barone

 

 

Um dos discos mais importantes do rock nacional está fazendo 25 anos: “Severino”, dos Paralamas do Sucesso. A banda iniciara uma trajetória vitoriosa nos anos 1980 e enveredou por um caminho ousado e raro entre seus contemporâneos: o de assumir uma identidade musical que abraçava, não só a música negra brasileira, mas a música africana, o reggae, latinidade e outros estilos que não se comunicavam diretamente com o rock anglo-americano, a base para todas as outras formações brasileiras da época.

 

Conversei com o baterista dos Paralamas, João Barone, sobre o significado do álbum para a banda e como ele atravessou 25 anos. Barone falou da história das gravações, do presente para o fã de música em tempos de streaming e bandas novas e, sobretudo, o futuro do país.

 

O “Severino” é uma pedra fundamental na obra dos Paralamas. – João Barone

 

– Como você vê hoje o Severino dentro da discografia dos Paralamas, 25 anos depois?

“Severino” é um disco pelo qual a gente tem um carinho especial. É um álbum quase maldito dos Paralamas. Ele teve um resultado comercial muito baixo aqui no Brasil, em relação aos nossos outros discos, mas, fora do Brasil, no mercado latino, ele teve uma trajetória muito interessante. O “Severino” simbolizou a nossa vontade de ir contra as regras do pop fácil, o Herbert tava muito imbuído disso, ele era o nosso timoneiro nessa viagem.

Ele tava muito em contato com o presidente da EMI na época, o Mario Ruiz, um mexicano, que apostava na carreira internacional da gente. Daí fomos parar na central de produção do Phil Manzanera, ex-guitarrista do Roxy Music. Ele estava encaminhando várias bandas latinas (ibéricas e sul-americanas) na época para o mercado europeu. Daí a gente recebeu um sinal verde da gravadora pra ir gravar lá, com ele produzindo.

O repertório veio no vácuo do disco solo do Herbert, o “Ê, Batumaré” (1992), tanto que a gente até chegou a regravar uma faixa, “O Rio Severino”. Essa vontade de externalizar essa ambição artística também foi para o visual. O Herbert e a Lucy (ex-esposa de Herbert, falecida em 2001 no acidente de ultraleve) foram parar no lugar onde estava guardada a obra do Arthur Bispo do Rosário, que era um interno com problemas psiquiátricos. Ele produzira vários trabalhos manuais durante sua vida e o material estava se deteriorando. Usamos com permissão e fizemos até um movimento para que a obra dele fosse preservada dos cupins.

O Severino é um marco na nossa trajetória. Depois do “Selvagem?” (1986), a gente surfou toda essa marola que a gente criou em cima da nossa identidade musical, da nossa identidade do discurso. Ele foi muito importante pra gente firmar nossas ambições artísticas, tinha uma temática muito radical, muito ousada. A gente escolheu como single uma música que chama “Cagaço”, ou seja, como ela não tocou, foi um grande “Fracasso” (risos) nas rádios e a gente pode considerar esse disco como uma opção muito radical de juntar artistas como Tom Zé, Linton Kwesi Johnson, o próprio Phil Manzanera, o Brian May (guitarrista do Queen) participou do disco. Foi uma tentativa bem ousada de esticar essa corda da ambição artística.

 

 

– Na época o disco não foi bem nas paradas brasileiras. A que você atribui isso? Só à dificuldade das letras e melodias pouco pop ou houve algum outro motivo?

Foi um disco que abriu muitas portas pros Paralamas, se chamou lá fora “Dos Margaritas”. A música (uma versão em espanhol da faixa “Dois Margaritas”) tocou pra caramba, por toda a América Latina. O disco veio na contramão do mainstream mas música emplacou nas rádios sul-americanas, tocava nas discotecas e tinha uma levada bacana. Acho que o disco não era pop o suficiente pras emissoras de rádio no Brasil. Foi uma escolha estética que a gente fez, era ousado mesmo. O resultado comercial do disco não foi bom, mas, curiosamente, a turnê do “Severino” rendeu o “Vamo Batê Lata”, que chegou a 1 milhão de cópias vendidas (em 1995). Era o registro de um show da turnê com mais quatro faixas inéditas num EP que vinha junto com o álbum e que tinha “”Uma Brasileira”, “Saber Amar”, “Esta Tarde” e Luís Inácio (300 Picaretas)”. A gente pagou pela ousadia de ir na contramão do mainstream.

 

 

– Por outro lado, com algumas poucas mudanças, foi muito bem na Argentina. Como funcionou por lá?

Não foi só na Argentina, foi bem em toda a América Latina. Do México até o Uruguai. Naquela época a MTV Latino estava se firmando nesses países, a gente estava na hora certa no lugar certo. O “Dos Margaritas” tocou muito na MTV. A gente tinha um apelo nesse circuito, foi um tiro na mosca mesmo. As circunstâncias foram positivas, a gente conseguiu fazer shows e circular no cenário pop de vários países.

 

 

– As ideias centrais de Severino surgiram a partir do álbum solo do Herbert, o “Ê, Batumaré”, de 1992. Qual foi a sua contribuição para o disco?

Pois é. Na época a gente vivenciou essa experiência solo do Herbert. Ele sempre foi muito expansivo, queria matar o mundo no peito e chutar. Era muito angustiado, sempre pensando em dar o próximo passo, olhando pra frente. A gente brincava que ele tinha formiga na cueca (risos), tava sempre inquieto. O primeiro disco solo dele foi legal, ele apelou pra essa coisa minimalista e artesanal, de fazer um disco sem uma superprodução, usando os recursos que ele tinha na garagem. Ele mostrava as músicas pra gente, a gente gostava. Algumas músicas ele mostrava e eu dizia: “poxa, imagina isso daí com os Paralamas tocando” pra deixar ele com essa pulga atrás da orelha. Ele usava essa extrapolada dele a favor da banda. A gente regravou “O Rio Severino” e fez uma leitura dos Paralamas que ficou diferente – talvez até melhor que o registro original do disco dele. O Herbert usou muitos elementos da música nordestina no disco solo dele, fazendo um reencontro com as origens nordestinas dele. A gente já vinha com isso desde o “Selvagem?”, no “Big Bang” (1989) tinha a brincadeira do repente do “Cachorro Rabugento”, a gente mostrou essa música pro Alceu Valença e ele achou o máximo, então, com certeza, a gente foi mais fundo nessas referências nordestinas mais explícitas que ele tinha trazido para o “Ê, Batumaré”.

 

 

– Severino poderia ter alguma conexão com Selvagem, disco de 1986, no qual o Paralamas adentrou o terreno da música consciente em relação ao lugar e ao povo brasileiro. São protestos diferentes? São épocas diferentes? Como você enxerga essa relação?

Tem tudo a ver. Do “Selvagem?” em diante a gente achou uma identidade sonora e um discurso. Então, a cada álbum a partir dele, a gente começou a explorar essa nossa coisa com o reggae, com a música afro, com as baladas roqueiras, algumas pitadas sutis do que viria a ser o hip-hop. O Herbert sempre gostou dessa coisa da métrica, da poesia cantada, então acho que foi interessante porque o “Severino” tem o discurso engajado, da questão social, mas falando muito do momento em que a gente vivia naquela época, 1994. Uma certa desilusão, daí a gente viu as coisas melhorarem um pouco, a gente vinha do Collor congelando o dinheiro do povo, a gente sem saber o que iria acontecer com o país – mais ou menos como está agora, né? (risos). Havia um desalento no ar, tinha aquele filme do Walter Moreira Salles, sobre o pessoa que tinha ido embora do Brasil (“Terra Estrangeira”, lançado em 1995), também teve o último disco da Legião, “O Descobrimento do Brasil” (1993), então a gente meio que correspondeu a esse clima que estava no ar. Acho que o disco ajudou a cristalizar esse momento esquisito, de baixo astral.

 

 

– Apesar de pouco ou nenhum sucesso por aqui, o disco traz canções excelentes como “Navegar Impreciso”, “Dos Margaritas” e mesmo o não-hit “Cagaço”. Vocês gostam das canções do disco? Lamentam por elas não terem se tornado sucesso, exceto, talvez, por “Margaritas”, que teve mais visibilidade depois…

As coisas são o que são, né? A gente fez uma escolha, o disco era radical, os temas eram pesados, havia ousadia na proposta. Deu no que deu. A gente acha que o nosso primeiro álbum (“Cinema Mudo”, de 1983) é meio naive, muito pueril. A gente tem uma relação de quase desdém com ele. Já o “Severino”, mesmo com pouquíssimo sucesso comercial, é um dos nossos discos mais queridos. A gente conseguiu chamar uma turma de ouro pra participar do álbum. Foi todo gravado na Inglaterra, sonoramente falando ele até “que não é essas coisas”, mas é o contexto, é o geral. Não tem um puta som como “O Passo do Lui” (1984), nem foi reconhecido como um marco na nossa carreira, como tendo vendido muito ou emplacado várias músicas na rádio. Mas ele continua sendo um disco especial, a gente acha um álbum importantíssimo, talvez algum dia, alguma hora, alguém venha fazer alguma revelação sobre o “Severino” (risos). É um disco primordial dos Paralamas, a gente acha ele muito artístico, muito ousado, a gente não lamenta nada. O processo de gravação foi do início – de gravar fora, com um produtor famoso – a coisa foi ficando arrastada, o processo terminou sendo traumático. As coisas se tornaram muito laboratoriais, a gente precisou se esforçar na mixagem pra que ele ficasse como a gente queria.

 

 

– É o trabalho dos Paralamas que mais traz convidados: Brian May, Linton Kwesi Johnson, Fito Paez, Titãs, produção de Phil Manzanera – isso descaracterizou a banda ou serviu pra ampliar seu poder de comunicação?

Pois é, grandes ídolos nossos participaram do disco. Foi muito emocionante encontrar com o Linton Kwesi Johnson, que é um poeta, recita poesias sobre uma base reggae. O Maurício Valadares nos apresentou na Rádio Fluminense e o Hermano (Vianna, irmão do Herbert) adorava ele também. Quem recita a parte em português de “Navegar Impreciso” é o Tom Zé e a parte em inglês ficou com o Linton. É uma letra que fala da colonização portuguesa e da perseguição a brasileiros em Portugal no início dos anos 1990. Havia uma espécie de retro-colonização, a música brasileira, as novelas brasileiras ali, encampando a cena cultural portuguesa e rolava uma certa aversão à essa presença brasileira lá. Era um dream team. O Phil Manzanera não sabia que a gente já conhecia o Brian May. A gente tinha aberto um show dele em Montevidéu, quando o Brian excursionou divulgando o disco solo dele (“Back In The Light”, de 1991) em 1993. Depois fomos com ele pela Europa. O Herbert sugeriu que a gente chamasse ele pra participar de um solo em “El Vampiro Bajo El Sol” e o Phil Manzanera disse: “pois é, até parece que o Brian May vai aparecer aqui”. Daí a gente chamou e o Brian aceitou e foi gravar. O Manzanera ficou com uma cara de bunda (risos) e foi fantástico, o Brian gravou vários solos, escolheu os pedaços para a mixagem final e ainda orientou a gente pra gravar vocais. Parecia uma cena do clipe de “Bohemian Rapsody”. Foi incrível.

 

 

– Falando em Phil Manzanera, a produção do disco foi problemática? Conta um pouco sobre isso. Vocês eram fãs do cara…

A gravação do disco começou bastante animada mas depois foi perdendo um pouco do gás e a gente atribui isso ao engenheiro do Phil – um americano chamado Kevin Lamb. Ele era o cara que produzia essas gravações de bandas latinas que o Phil estava fazendo. O Phil era o cara do conceito e o Lamb era quem mexia nos botões. Ele ficou batendo cabeça com o Chico Neves – que nós levamos para as gravações. O Chico era mais espontâneo, mais rápido e eles tiveram alguns desencontros técnicos. Depois de algum tempo isso poluiu o ambiente. A gente não podia largar o timão do navio, teve que ir até o fim. A gente ficou gravando o disco entre dezembro de 1993 e fevereiro de 1994, a gente já estava com saudade de casa. No fim a gente fez o que pode pra não deixar o moral baixar, foi um processo truncado. No final a gente ficou feliz com o resultado.

 

 

– Vendo as paradas de sucesso hoje, qual o efeito que um disco como Severino faria?

Difícil pensar assim. O disco está aí pras pessoas ouvirem, ele é um pedaço da nossa história. Acho que o disco é atemporal, ele é ousado, poderia ter sido feito hoje. É um atestado de ambição artística, acho que isso poderia funcionar hoje em dia. É legal a gente pensar que música é uma expressão artística, é uma forma de arte, acho que as pessoas esquecem, só ficam esperando o resultado comercial e isso não compensa. A gente nunca correu atrás do sucesso, mas atrás da expressão musical que a gente possa fazer da mesma forma. O “Severino” taí, é uma pedra fundamental na obra dos Paralamas.

 

 

– Por que motivo a música pop no Brasil deixou de lado essas questões mais sociais e existenciais?

Olha, isso é relativo. O hip hop taí, com uma questão social. Tem música falando de dente de ouro e bunda, mas tem músicas falando sobre questões importantes. Tem o pessoal mais conceitual. Tem o Criolo, que resgata uma herança do samba, a gente gosta muito do BNegão, dessa vertente mais engajada do hip hop, a gente acha muito legal. Se você procurar, acha coisa boa. A gente vive uma multitude de ambiências e expressões, se você quer ouvir sacanagem, vai ouvir o funk sacana. Se quiser ouvir algo mais engajado, vai ouvir algo mais engajado. A nossa geração também tinha muita coisa diferente. O que bandas como Titãs, Engenheiros, Legião e as nossas ainda estão valendo. Nossa crítica social com “Alagados”, “Luis Inácio”, “Selvagem?”, elas estão aí. Antes da Internet, a letra de uma música trazia a cara do compositor, ele estava lá, ninguém poderia esquecer disso. Talvez a gente esteja de saco cheio pra fazer uma letra hoje sobre o governo, sobre a violência policial, criticando o tráfico, a milícia ou as grandes corporações, isso já está embutido no nosso trabalho pregresso. A gente vive isso numa boa.

 

 

– Quais as adaptações que o grupo precisou fazer para o mundo do streaming? Você gosta deste sistema de ouvir e consumir música?

A maneira como a música está sendo propagada – pelo streaming – é legal porque você tem a discoteca do planeta no teu telefone, no teu computador. Isso é muito legal, é um verdadeiro maná. A gente sonhou com isso por muito tempo. O lado não tão legal é a parte que cabe ao compositor, os direitos conexos. Se todo mundo quisesse ouvir tudo o que já foi gravado, não seria necessário compor e produzir mais nenhuma música. Talvez seja um resultado do que a gente tá vendo agora, de questionar o motivo pelo qual alguns artistas não conseguem repetir os sucessos do passado. É uma discussão complexa, porque a gente vive uma facilidade operacional, que tem o lado de não compensar quem compôs. Toda essa vasta produção musical ainda está sujeita a este mega-consumo, um dilema sobre como remunerar os autores, os músicos, do contrário vão parar de surgir as novas músicas e a gente só vai ouvir o que já foi feito. É bom saber como a gente vai resolver essa equação pra continuar vendo músicas originais e instigantes surgindo.

 

 

– Falando em música pop brasileira, o que você está ouvindo atualmente e recomenda pros leitores?

Cara, essa pergunta sempre me pega despreparado. Sempre que eu ouço alguma coisa nova e legal, me lembro de anotar para falar depois, mas acabo esquecendo (risos). Eu acho o Criolo superbacana. Também gostamos muito do Black Alien, que era do Planet Hemp. É difícil (procura lembrar). Eu sou vítima dessa facilidade de ouvir música que o streaming traz, eu fico um pouco à mercê dessa preguiça geral, a música chegava a você de outra maneira, a gente ouvia disco, lia encarte, ouvia lados de disco. Hoje em dia a gente tem algo totalmente diferente, a gente está sofrendo essa coisa dos “dez minutos na frente do computador”, ou seja, se alguém fica mais de dez minutos na frente do computador, sinal de que o assunto é de suma importância.

 

 

– Falando em Brasil, paradoxalmente, a situação do país poderia suscitar várias produções com crítica política e social. Como você vê o atual governo e tudo o que está aí?

Olha, a situação atual do país lembra esses momentos mais dramáticos que a gente teve ao longo desses 40 anos, de não se sentir representado pela classe política. Não é a primeira vez: a gente vive uma realidade terrível por conta desse modelo político que a gente deixou se estabelecer, é uma consequência direta do nosso baixíssimo investimento em cultura e educação. O resultado é a gente ver pessoas ineptas, despreparadas, inadequadas para os postos que elas estão ocupando, desde o posto mais importante da nação até os outros, hierarquicamente inferiores. São pessoas “unfit for office”, como a gente lê em inglês. É um vácuo dos baixos investimentos em educação. O Brasil continua um país indigente, com baixa escolaridade, baixo índice de saneamento, quase metade da população brasileira não tem esgoto nem água.

Se a gente não fizer nada agora, vai continuar mais 100 anos nessa. E a gente vê a classe política se locupletando, todo mundo legislando em causa própria. A gente causa impostos e esse dinheiro serve pra manter aquele bacanal que a gente vê em Brasília. Enquanto isso a gente fica lamentando o buraco na rua, a falta de escola, de posto de saúde. Em alguma hora vai ter que haver um acerto de contas nisso tudo. Eu acho que não tem uma obrigação ou fórmula certa de pegar isso tudo e transformar em música, em letra. Não sei se nós, que estamos com mais de cinquenta anos, somos os que terão essa missão. A gente já fez isso nos anos 1980, agora tem que ver essa turma que está com vontade de botar fogo. Vai ter gente que vai vir com mais ímpeto pra mudar o que está acontecendo no país. Se continuar assim a gente vai continuar indigente. É um ponto de vista pessoal, mas talvez seja o do Bi e do Herbert também, porque, no fundo, todos nós queremos a mesma coisa: um país melhor, mais justo, com mais oportunidade, com respeito às diferenças – de ponto de vista -, a gente não pode perder a humanidade e o bom senso nesse processo. Agora tem essa coisa de massacre em escola, parece que a gente tá vivendo um pesadelo. Um ano sem resolver um assassinato político dantesco, cheio de interrelações nebulosas no plano político e o estado paralelo. A gente já vivia isso nos anos 1980, tá voltando à tona de uma maneira cruel e assustadora. A gente precisa acertar o rumo do país, senão vai ser a barbárie. Vai ser Mad Max.

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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