The Police é a trilha sonora perfeita da pandemia da COVID
No começo todos (ou pelo menos os ajuizados) suplicávamos “Don’t Stand So Close to Me”.
Acontece que o “Demolition Man” não estava muito interessado nesse negócio de distanciamento, máscara e vacina – seu negócio é estar “Next To You” e fazer populismo barato – e por falta de uma “Synchronicity” com os outros poderes entramos em colapso.
Tentou nos empurrar essa e aquela pílula dizendo que “Every Little Thing She Does Is Magic”, porém a comunidade científica internacional já provou ser uma completa mentira – “Truth Hits Everybody”, presidente, só lamento informar.
O Centrão, o eterno “Roxanne” do Brasil, transformou o Legislativo numa grande casa da luz vermelha (“Roxanne, You don’t have to put on the red light…”), o que fez com que o Executivo deitasse e rolasse nas ações referentes ao combate da pandemia, assim o Brasil entrou numa completa “Darkness”.
Desta forma, nós passamos a enviar uma “Message In A Bottle” para o mundo na esperança que alguém nos socorresse. Já era, estamos atrasados. Cada país tem suas prioridades com seu próprio povo.
Todo dia nos sentimos cada vez mais “So Lonely” esperando por uma vã esperança que não passa de um “Invisible Sun”, enquanto que os que estão (ou deveriam estar) comandando o Brasil parecem estar “Walking On The Moon”.
Os médicos estão de olho em cada “Every Breath You Take” dos pacientes da COVID que chegam ao hospital, porém sem medicamentos e leitos fica complicado realizar o tratamento adequado.
Por fim, toda a negligência e irresponsabilidade dos que deveriam gerenciar a crise transformaram mais de 300 mil enfermos em “Spirits In The Material World”.
Hoje cada sobrevivente é um “King of Pain” que lamenta: pelos entes que se foram (e exclamando “Can’t Stand Losing You” pelos que ainda estão aqui), pelas oportunidades que perdeu, pela pobreza que o acometeu e por tudo que poderia ser amenizado (ou evitado) se as providências tivessem sido tomadas antes.
Quando questionado sobre toda essa crise que acomete o país, o líder do Executivo, o maior responsável por toda a desgraça atual, profere respostas que se resumem a basicamente isso:
“De do do do de da da da
Is all I want to say to you”
Enquanto nós estamos assim:
“I’ll send an S.O.S to the world
I’ll send an S.O.S to the world
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah”
*Nota do editor: Gabriel Martins é colaborador da Célula e postou esse texto em seu perfil do Facebook, depois o ofereceu para que postássemos aqui no site. Eu achei legal e me lembrei de um trabalho de redação que fiz há uns 35 anos, no qual eu fazia uma história maluca só com títulos de filmes. Boa. Qualquer ação feita para denunciar a pandemia e o jeito como ela é tratada no Brasil é válida e uma obrigação.
Colecionador de CD’s desde os 14 anos, descobri o amor à música com o Tears For Fears e a paixão pela brasilidade com Marcos Valle. Apesar de ser formado em Direito, minha vocação se encontra no jornalismo musical.