Rômulo Mendonça vence Prêmio Comunique-se

 

 

Rômulo Mendonça, da ESPN Brasil, foi o vencedor do Prêmio Comunique-se na categoria Melhor Narrador Esportivo. A premiação aconteceu ontem e Rômulo venceu Cléber Machado e Sylvio Luiz na disputa final.

 

Mineiro de Divinópolis, Rômulo estudou jornalismo na Puc-MG, em Belo Horizonte, e começou a carreira no rádio. Militou por emissoras do interior mineiro e da capital, fazendo de tudo um pouco, até se tornar narrador. Em 2008, ele fez testes para a ESPN mas não chegou a ser contratado, algo que só aconteceu em 2011, quando mudou-se para São Paulo.

 

Rômulo teve seu grande momento de projeção nas Olimpíadas do Rio, em 2016, narrando esportes como vôlei e basquete. Seus bordões sensacionais “é o caos”, “possuído pelo ritmo ragatanga”, “fulano é o porteiro do ENEM”, “boomboomboom shakalaka”, “ele é um macho-alfa” e “mora de pantufas no meu coração”, entre outras, conquistou o público e ele viu que podia se aperfeiçoar neste quesito. Logo incorporou mais falas às narrações que já fazia de esportes americanos, especialmente baseball, futebol americano e basquete, seu carro-chefe. Em um jogo das finais de 2017/18, ele protagonizou um sensacional “Lebrão, ladrão, roubou meu coração” ao enaltecer a performance de Lebron James, que Rômulo chama, carinhosamente, de “Papai Lebrão”. E não para por aí. Ele solta verdadeiras pérolas durante as transmissões. “James Harden é um déspota, ele cria suas próprias leis, cria sua própria doutrina” ou “Kawhi Lennard é um poeta silencioso, um guardião da noite” e outras maravilhas.  Atualmente ele brada “acabou a mamata” ou “chama o porteiro” em grandes cestas.

 

De contrato recém-renovado com a ESPN e participando como convidado do sensacional Bate Bola Debate, ao meio-dia, Rômulo já deixou de ser uma promessa ou uma estrela em ascensão. Hoje ele é uma realidade, um cara inventivo, culto, politizado e dono de fino humor (e fina camada de sedução, como ele diz às vezes). É sensacional sua vitória e seu reconhecimento é mais que merecido, especialmente num tempo em que a imprensa parece soar como relações públicas.

 

Parabéns a ele e à ESPN por mantê-lo e acreditar em sua competência.

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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