#musiquetas 19/02/21

 

 

Gente, por motivos técnicos inapeláveis, a nossa playlist da semana atrasou dois dias. Isso não impedirá a gente de mostrar a vocês algumas canções bacanas que ouvimos nesses dias e até ajudou a incluir uma novíssima faixa, que só foi lançada ontem. Sendo assim, convidamos vocês a darem uma ouvidinha aqui nas nossas #musiquetas.

 

 

“Fireworks” – Purple Disco Machine – o nome é de banda, mas o PDM é o produtor alemão Timo Piontek, que mexe com house e revisita alguns timbres da disco music mais clássica. Esta novíssima faixa é alegria por todos os cantos, redondíssima e altamente legal.

 

 

“The Super It – Stereolab – uma das bandas preferidas da Célula, os anglo-franceses seguem lançando versões de luxo de seus álbuns sensacionais e, de quando em vez, soltando faixas inéditas, como esta lindeza retro-bossanovística com cara de drink colorido na beira da piscina.

 

 

“Perfume de Araçá” – Pietá – trio carioca lança faixa inédita depois de seu último – e belo – álbum “Santo Sossego”, de 2019. Juliana Linhares, sigo dizendo, é uma das melhores cantoras do país atualmente. O arranjo é lindo, a música parece algo de Amelinha no início dos anos 1980.

 

 

“Love Is Back” – Celeste – mais uma sensacional cantora inglesa estreando na música, via soul vintage. O timbre de voz da moça é ótimo, a canção é perfeita, tudo funciona por aqui.

 

 

“American Eyes” – Bush – a banda inglesa segue em ótima fase, recriando seus pequenos mamutes sonoros com riffs compactos de guitarra e parecendo estar em 1997. Eu gosto.

 

 

“King Of Letting Go” – Sondre Lerche – o cantor e compositor norueguês, surgido como um prodígio no início dos anos 2000, segue com sua carreira cheia de pontos altíssimos. Há algum tempo ele incorporou texturas eletrônicas em seu som e manda bem a cada lançamento.

 

 

“Cruising To The Parque” – Durand Jones & The Indications, Y La Bamba – junção do grupo de neo-soul americano e a cantora Luz Elena Mendoza, numa mistura que atinge níveis sensacionais de fidelidade com baladas soul setentistas, chorantes e lamentosas. Uma pequena joia.

 

 

“Dino’s” – Gordi e Alex Lahey – duas cantoras e multi-instrumentistas australianas, que se dispõem a se embrenharem nas searas da junção do folk com eletrônica de têmpera pop guitarreira. O resultado parece uma revisita do que as Breeders poderiam fazer hoje. Lindeza.

 

 

“Caution” – KAYTRANADA – o produtor e hip-hopper canadense segue em seu caminho de apontar novos timbres e situações para o estilo, sem perder de vista o apreço pelo sampling de alto impacto e pela lindeza das construções rítmicas.

 

 

“The Clock Won’t Tick” – Quantic e Eddie Roberts – junção de um projeto de produtor – o Quantic, de Will Holland, inglês, com sete anos de Colômbia – e o líder do The New Mastersounds, banda de funk de Leeds, Inglaterra. O resultado é um popão dançante e cheio de metais. Belezura.

 

 

“Supposedly, We Were Nightmares” – Mogwai – a banda escocesa, liderada por Stuart Braithwaite retornou ao disco com “As The Love Continues”. É post-rock para o futuro com cara de presente e ótimas canções, como esta aqui.

 

 

“Ijira” – Igapó de Almas – coletivo do Rio Grande do Norte, que está lançando um ótimo disco, chamado “Mar de Paradoxos”, com participação de vários cantores. Aqui, Alice Carvalho imprime tom de fúria e indignação em relação a tudo que vemos no país hoje.

 

 

“Stop The Hate” – Femi Kuti – uma canção maravilhosa, majestosa, em tom maior, que prega a única coisa necessária para o mundo voltar a girar no ritmo certo. Ela é a faixa-título do volume que cabe a Femi no álbum duplo “Legacy +”, lançando com seu filho, Made.

 

 

“Refloresta” – Gilberto Gil e Gilsons – o célebre e imaculado cantor e compositor baiano lança canção para ajudar o Instituto Terra, de Sebastião Salgado, responsável por projetos de reflorestamento em Minas Gerais. O título, sensacional, alude à célebre trilogia Re, que Gil lançou entre 1975 e 1979.

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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