Ira! lança “Mulheres à Frente da Tropa”

 

 

O IRA! disponibilizou em todas as plataformas digitais “Mulheres à Frente da Tropa”, o segundo single de IRA, novo álbum de inéditas previsto para maio. Este é o primeiro álbum de canções inéditas que a banda paulista lança em treze anos.

 

A faixa, composta e interpretada pelo guitarrista Edgard Scandurra, foi inspirada em manifestações lideradas por mulheres e exalta a força e o protagonismo feminino nas questões políticas e sociais do nosso tempo. O coro de vozes femininas conta com a participação de Virginie, vocalista da saudosa banda Metrô. O arranjo é acústico, calcado em violões, cordas, percussão, vocais de apoio e efeitos eletrônicos, configurando uma canção lenta, psicodélica e muito, muito bonita. A temática da letra é oportuna diante das questões que as mulheres enfrentam no mundo machista de hoje.

 

Gravado no estúdio A9 Audio, em São Paulo, IRA foi produzido por Apollo 9.

 

A formação atual é Nasi (vocal), Edgard Scandurra (guitarra e vocal), Johnny Boy (baixo) e Evaristo Pádua (bateria).

 

 

Mulheres à frente da tropa
(Edgard Scandurra)

Ouçam os gritos das ruas
Peito à mostra, vozes agudas
Ouçam as bombas que caem do solo
Tremem os copos das crianças de colo

Mulheres à frente da tropa
Mulheres à frente da tropa

Jovens mulheres adolescentes
Lutam por todos, até os descrentes
Imóveis ficamos, sem reação
Somente nos restam os calos das mãos

Mulheres à frente da tropa
Mulheres à frente da tropa

Elas não temem o covarde opressor
Elas não fogem do perigo da dor
Pontas de lança da revolução
Dedico a vocês essa canção

Mulheres à frente da tropa
Mulheres à frente da tropa
Ouçam os gritos das ruas

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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