Cuidado: “O Protetor 3” vem aí
Quem conhece os outros dois filmes da série “O Protetor”, sabem bem o que esperar: uma inovadora e arrojada forma de pancadaria, protagonizada por um personagem peculiar, o ex-agente da CIA, Robert McCall, vivido por Denzel Washington. O sujeito tem, veja só, uma justificativa ética para cometer assassinatos em profusão, a de proteger as pessoas que ama, geralmente incapazes de se defenderem sozinhas. O primeiro longa trazia McCall destruindo toda a sucursal da máfia russa em Boston e Nova York por conta dos maus tratos impostos a uma prostituta. O segundo traz o ex-agente defendendo um jovem problemático e se vingando de assassinatos cometidos contra ex-parceiros. E o terceiro?
No novo episódio, McCall está quieto, sossegado, vivendo numa cidade do interior da Itália, até que a Máfia passa a oprimir e violentar as pessoas do lugar que, veja você, se tornaram praticamente a família do ex-agente. Sendo assim, para defendê-los e mantê-los a salvo, McCall irá empreender uma nova epopeia de violência contra os bandidos. Se a premissa não é nova – pelo contrário – “O Protetor” e suas sequências trouxeram uma estética de pancadaria que tem a ver com cronometragem e golpes duríssimos, impostos por McCall seus opositores, resultando em cenas muito bem coreografadas. E Denzel Washington, que ganhou um Oscar de Melhor Ator em um filme de Antoine Fuqua, o ótimo “Dia de Treinamento”, sempre gostou de um filme nesses moldes, basta lembrar sua antológica participação em “Chamas da Vingança”, no qual interpretou o nosso querido Urso Creasy, que já rendeu uma resenha nossa – que você vê neste link.
Veja o trailer e prepare-se para este que, segundo os produtores, é o último capítulo da série. Curiosidade: a personagem que era protegida pelo Urso Creasy, Lupita Ramos, era interpretada por uma Dakota Fanning criança, nos idos de 2004. Agora, quase vinte anos depois, a atriz volta a contracenar com Denzel Washington. A conferir.
Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.
