Jamiroquai x Bolsonaro

 

O vocalista e líder do grupo britânico Jamiroquai, Jay Kay, engrossou a lista de personalidades indignadas com a postura do atual presidente brasileiro.

 

Em matéria publicada no Uol, há o relato de um vídeo caseiro gravado por Jay, no qual ele se dirige ao presidente como BALLSNARSHOLE, algo como “bolsocuzão” e dispara contra a postura do governo sobre a crise na Amazônia.

 

Veja aqui.

 

“Presidente Ballsnarsehole, sabemos que você é um enorme trapaceiro e que ama seu amigo de merda Donald [Trump], mas, por favor, coloque o mundo em primeiro lugar antes de sua riqueza pessoal, seu merda. É sério. Assuma o controle. Lide com esta crise horrenda. De um dos 7,6 bilhões de seres humanos. Obrigado, presidente Ballsnarsehole”, escreveu o cantor….

 

Jay Kay se junta agora a Madonna, Cristiano Ronaldo, MBappe, Mark Ruffalo, Fito Paez, Gal Costa, Leonardo di Caprio e vários outros. E a nós.

 

Digo o mesmo que disse sobre a postura da dupla Sandy & Junior, que também se manifestou sobre a crise das queimadas em show recente – algo inédito para eles – e sobre o machismo: quando pautas desta natureza ultrapassam os limites ideológicos, no sentido partidário do termo, é porque há uma conscientização em curso.

 

É bom lembrar que o Jamiroquai surgiu em 1993 com um disco chamado “Emergency In Planet Earth”, no qual falava sobre a preocupação com a ecologia, entre outras coisas. Mesmo que a banda tenha se afastado deste tema com o passar do tempo, Jay Kay é um cara preocupado com o assunto e faz total sentido sua manifestação.

 

Um dos maiores hits do Jamiroquai é, justamente, “When You’re Gonna Learn”, cuja letra enumera barbaridades cometidas pela humanidade contra a natureza.

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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