Covid-19 e véio da havan no HOSPITAL TEMÁTICO

 

 

Você sabe, o empresário luciano hang, mais conhecido como véio da havan, está internado por conta da covid-19. Sim, um dos mais engajados representantes do negacionismo, do uso da cloroquina, da postura de total descaso para com as agruras da doença, quem diria, é uma das mais novas vítimas do coronavírus. O fato é triste, afinal de contas, não vibramos com o sofrimento das pessoas, ainda mais das idosas, porém, é interessante falar algo a respeito disso, especialmente porque o empresário está internado num dos mais luxuosos hospitais em São Paulo, o Sancta Maggiore Dubai Morumbi.

 

Sim, o Sancta Maggiore DUBAI Morumbi.

 

Sim, é um HOSPITAL TEMÁTICO.

 

Veja bem, toda a questão em torno da covid-19 e do véio ganha uma nova dimensão diante desta informação, a de que ele está internado num … hospital temático. Uma visita ao site do hospital revela que a decoração e os funcionários do estabelecimento exibem MOTIVOS ÁRABES.

 

Dona da rede Sancta Maggiore, que conta com oito hospitais e quatro unidades de pronto atendimento, a Prevent Senior planeja lançar até junho o Hospital Sancta Maggiore Morumbi. O novo hospital conta com oito centros cirúrgicos e 159 leitos, divididos entre enfermaria, apartamentos e UTI.

 

Os detalhes, “pensados exclusivamente para oferecer ainda mais conforto e acolhimento”, segundo a assessoria de imprensa, incluem, por exemplo, lounges e jardins internos nos andares, 2.000 m² de área verde e iluminação natural nos leitos, nas áreas comuns e até nas salas cirúrgicas. Além disso, todos os apartamentos possuem suítes exclusivas para os acompanhantes.

 

Tudo lindo, nem iremos falar como seria sensacional se a maioria da população tivesse acesso a este tipo de estrutura, mas fica o questionamento:

 

– Por quê, meu Deus, um HOSPITAL TEMÁTICO?

 

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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