13 Melhores Programas de TV de 2019

 

 

Não ligue para o termo “Programa de TV”, porque foi difícil imaginar como chamaríamos esta lista. Ela não traz apenas séries, há três honrosas exceções nacionais, produzidas no peito e na raça por aqui, mas a maioria é de atrações televisivas gringas, que mantém seus públicos grudados nas telas de computadores e celulares ao longo do ano.

 

13- Grey’s Anatomy (Sony) – já são dezesseis temporadas e um turnover imenso de personagens importantes, mas a série que conta o cotidiano da doutora Meredith Grey e seus companheiros de profissão em Seattle ainda é interessante. O roteiro se vale do maior trunfo possível: a identificação com os personagens e o carisma de alguns deles, especialmente da Dra. Miranda Bailey.

 

12- Big Little Lies (HBO) – apesar de inferior à primeira temporada, a segunda – e última – fornada de episódios das mulheres californianas cheias de complicações e poder de decisão tem seus muitos méritos. O maior deles, sem dúvida, é ter trazido Meryl Streep para turbinar um elenco que já era sensacional.

 

11- Cozinha Prática com Rita Lobo (GNT) – com o passar do tempo, o programa de Rita Lobo, há muitos anos no ar, tornou-se a única opção para quem quer, de fato, ver cozinha afetiva, bem explicada e com ótimos resultados. Rita limou algumas gracinhas forçadas de temporadas anteriores e está em ótima fase.

 

10- Linha de Passe – (ESPN Brasil) – mantendo o clássico formato de mesa redonda, a atração da ESPN Brasil traz seus melhores comentaristas aos domingos, segundas e quartas, esmiuçando os jogos da rodada dos campeonatos nacional e estaduais. É sempre bom ver Mauro Cézar Pereira em ação.

 

09- This Is Us (Fox) – série familiar bem bonita e interessante, “This Is Us” está na quarta temporada e ainda consegue tirar coelhos da cartola para manter o espectador. Agora a trama dá alguns saltos para o futuro próximo e consegue inovar, trazendo novos personagens. Up the Pearsons!

 

08- Watchmen (HBO) – a arriscada versão televisiva da trama de Alan Moore se provou eficaz e relevante o suficiente para receber a consideração dos fãs, desacorçoados desde o longa de Zack Snyder.

 

07- Handmaid’s Tale (Paramount) – série monumental e cada vez mais interessante, indo além da trama original – baseada no livro de Margaret Atwood – e evoluindo com graça e brilho próprios. Quando pensamos que as ideias esgotaram, uma nova reviravolta vem e nos leva junto.

 

06- Chernobyl (HBO) – impressionante trabalho de reconstituição histórica, ainda que tenha sido contaminado pelo espírito político dos nossos tempos. A série é extremamente precisa na recriação de ambientes e situações, mostrando o quanto a burocracia e a política podem ir contra as vidas humanas.

 

05- The Mandalorian (Disney) – a franquia Star Wars é uma mina de ouro constante para a Disney, com resultados nem sempre interessantes. Esta série é uma exceção gloriosa, trazendo uma trama focada no mundo dos caçadores de recompensa do universo das trilogias, enfocando as aventuras de um mandaloriano, raça banida de seu mundo e apegada a tradições tribais. A ação se passa entre “O Império Contra-Ataca” e “O Retorno de Jedi”. Excelente.

 

04- The Crown (Netflix) – outra série que atravessou lindamente o primeiro ciclo, deixando a juventude da Rainha Elizabeth II e adentrando em sua maturidade. Sai a ótima Claire Foy e entra a não menos excelente Olivia Colman, sem falar na presença de Helena Bonham Carter (como Princesa Margaret) e Tobias Menzies (excelente como o Príncipe Phillip). O episódio em que Phillip se encontra com os astronautas da Apollo XI é um clássico.

 

 

03- A Família (Netflix) – série perturbadora (de tirar realmente o sono) sobre uma instituição informal que circula nos âmbitos do poder político e social dos Estados Unidos, erodindo e influenciando as pessoas com base na distorção absoluta do cristianismo. Baseada em fatos reais e com depoimentos de pessoas participantes e ex-participantes da Família, a série mostra como esta gente influencia nas decisões de vários países, poderes e recortes. Repito: perturbador, mas necessário.

 

 

02- Years And Years (HBO) – sensacional minissérie (seis capítulos) que mostra o futuro próximo de uma família britânica de classe média. A ideia aqui é mostrar o quanto a política vai mexendo com a situação de uma família, levando pessoas, mudando situações e afundando afetos. Alguns fatos – antecipando dez, quinze anos no futuro – são perturbadores e tristemente possíveis. Um feito, que traz Emma Thompson como um mix de vários políticos sensacionalista de extrema direita que conhecemos bem.

 

 

01- Bate-Bola Debate (ESPN Brasil) – se há um programa esportivo que inova e já criou uma linguagem própria, este é o Bate-Bola Debate. A presença do excelente time de comentaristas (Professor Celso Unzelte, Leo Bertozzi, Ubiratan Leal, Jorge Nicola), além do apresentador Bruno Vicari, lava a alma do espectador, que se sente no meio de uma reunião de amigos, falando sobre futebol. A marca principal do BB Debate segue firme: a união indissociável com a cultura pop e as referências extra campo. Quando Rômulo Mendonça está presente, o programa é totalmente imbatível.

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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