RIP, Neil Peart
Uma notícia triste para os fãs do Rush e para os bateristas: morreu Neil Peart. De acordo com Rolling Stone americana, Neil vinha lutando silenciosamente contra um câncer no cérebro, diagnosticado há três anos. Ele faleceu no dia 07 de janeiro, em Santa Mônica, na Califórnia.
Neil Peart era dono de um estilo característico, responsável por uma das assinaturas sonoras do trio canadense Rush. Além de excelente músico, Neil era um ótimo letrista, função que acumulava nas composições das canções do trio.
Peart nasceu em 12 de setembro de 1952, em Ontario, no Canadá e aos 13 anos começou a estudar bateria. Ele se juntou ao Rush em 1974. A banda havia sido formada pelo guitarrista Alex Lifeson em 1968, mesmo ano em que entrou o baixista e vocalista Geddy Lee.
Com a entrada de Peart na bateria, o Rush se consolidou como um dos trios mais reconhecidos do rock. Suas letras cheias de referências literárias também foram fundamentais para a banda, que encerrou as atividades em 2018.
Em tempo: sou casado com uma baterista, fã de Peart. Na nossa sala há um poster dele, que ela guarda desde que era criança. Temos a coleção completa do Rush, livros do Neil Peart, documentários, enfim, talvez tenha sido uma das notícias mais complicadas que tenha dado a ela. Quem é fã de música, sabe o quanto a morte dos nossos ídolos nos dá um chacoalhão de realidade. Duplamente triste.
Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.