Conheça MorMor e se apaixone

 

Estou pressupondo que vocês nunca ouviram falar do canadense Seth Nyquist, cujo nome artístico é MorMor. Certo? É um desconhecido, né? Então preparem-se para embarcar no mundo sonoro que ele coloca à disposição, cheio de referências pop e soul, com um raro registro vocal agudíssimo, no sentido Philip Bailey/Maurice White (ambos do Earth, Wind and Fire) do termo. A voz de Seth/MorMor é tranquila, harmoniosa, quase um convite a sair da sintonia atual e embarcar numa onda de … paz.

 

Sim, não é exagero e, logo de cara, adianto uma das maiores características do sujeito, decisiva a meu ver: é um excelente compositor. Além disso, tem a noção do que representa o estilo que canta e saber buscar referências e influências. O mundo já o descobriu, uma olhadela em seu site aponta datas marcadas para apresentações no Canadá, Alemanha, Itália, França e Espanha, tudo isso entre 17 de outubro e 08 de novembro. Sim, o cara está com tudo e só lançou doze faixas do ano passado para cá, divididas em dois EPs e um novo single, que saiu hoje, intitulado “Won’t Let You”.

 

A julgar pelo movimento habitual em tempos digitais, é possível que estas canções venham a integrar um único – e brilhante – álbum, provavelmente num futuro próximo. Há, na verdade, um outro EP, o primeiro que o sujeito lançou, em 2015, com o nome de “Live For Nothing”, mostrando que a carreira musical de MorMor é recente e está em pleno desenvolvimento.

 

Conheça a obra do cara, ela ainda é pequena, porém marcante. Podemos estar diante de uma nova força criativa dentro da música mundial, algo que é sempre sensacional. A julgar pelo que fez até agora, MorMor é uma aposta segura para um futuro que parece já ter chegado.

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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