Muse recria segundo disco, que completa 20 anos

 

 

 

O Muse comemora o vigésimo aniversário de “Origin Of Symmetry” com o lançamento de “Origin Of Symmetry: XX Anniversary RemiXX”, que acontece hoje, em todas as plataformas digitais, pela Warner Records – uma distribuição nacional Warner Music Brasil. A nova edição apresenta áudios remixados e remasterizados. Este álbum segue como um dos mais vigorosos representantes da geração de bandas inglesas que surgiram na esteira do sucesso do Radiohead, especialmente em “OK Computer”, lançado em 1997.

 

 

Conforme o aniversário do álbum se aproximava, o Muse pediu ao produtor vencedor do Grammy, Rich Costey, que tem material produzido ou mixado em quase todos os álbuns subsequentes da banda, para revisitar as gravações originais. A proposta do lançamento comemorativo é bem interessante: enquanto a maioria dos álbuns remix tem como objetivo retrabalhar radicalmente o material, ou mudar para um gênero totalmente diferente, a banda e Costey queriam proporcionar uma clareza renovada com um som mais aberto, dinâmico e menos “esmagado”. Isso destaca partes e ideias anteriormente enterradas ou silenciadas nas mixagens originais, como um cravo em “Micro Cuts” e as sequências de Abbey Road gravadas em “Citizen Erased”, “Megalomania” e “Space Dementia”.  Se, por um lado, a mixagem original, de fato, claustrofóbica e compacta, se desfaz completamente aqui, o resultado que surge praticamente dá a impressão de que a banda entrou em estúdio hoje para recriar o disco. E não foi isso o que aconteceu.

 

 

O resultado é emblemático justo por dar esta nova dimensão. Desde o riff de abertura de “New Born” à melancolia cinematográfica do final de ‘Megalomania’ por meio do escopo da favorita dos fãs “Citizen Erased”, o remix revela cada faceta da produção intricada do álbum junto a um calor e espaço recém-descobertos. Ele ainda se beneficia da masterização de Alex Wharton no estúdio Abbey Road.

 

Matt Bellamy disse: “ao revisitar o álbum, descobrimos que as mixagens originais dos singles, como ‘Plug In Baby’ e ‘Bliss’, eram muito boas, então foram as mais difíceis de melhorar. Foram nas faixas mais profundas do álbum, como ‘Micro Cuts’, que fomos capazes de fazer grandes avanços”.

 

 

O “XX Anniversary RemiXX” também inclui “Futurism” na lista de faixas. Originalmente uma faixa bônus da edição japonesa do álbum e subsequentemente posicionada no final do projeto, nos serviços de streaming, “Futurism” agora adiciona uma explosão de energia para preencher a lacuna entre “Feeling Good” e “Megalomania”. Isso reflete a colocação da mesma na coleção de 2019, “Origin of Muse”.

 

“Origin of Symmetry: XX Anniversary RemiXX” é completo com uma releitura modernizada da arte da capa do álbum, cortesia de Sujin Kim. O artista visual criou uma renderização 3D hiper realista da imagem da capa original de William Eager.

 

Confira abaixo lista completa de faixas:

 

New Born (XX Anniversary RemiXX)
Bliss (XX Anniversary RemiXX)
Space Dementia (XX Anniversary RemiXX)
Hyper Music (XX Anniversary RemiXX)
Plug In Baby (XX Anniversary RemiXX)
Citizen Erased (XX Anniversary RemiXX)
Micro Cuts (XX Anniversary RemiXX)
Screenager (XX Anniversary RemiXX)
Darkshines (XX Anniversary RemiXX)
Feeling Good (XX Anniversary RemiXX)
Futurism (XX Anniversary RemiXX)
Megalomania (XX Anniversary RemiXX)

 

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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