Julico vem aí

Fotos: Victor Balde

 

Mas, afinal de contas, quem é Julico? Calma, eu digo. Trata-se de Julio Andrade, vocalista, guitarrista e baixista da banda The Baggios, de Sergipe. Quem ouviu o som do grupo sabe muito bem que ele está entre as melhores formações surgidas no rock nacional nos anos 2010, a bordo de discos como “Brutown” e “Vulcão”, ambos indicados ao Grammy Latino, respectivamente em 2017 e 2019. Agora Julio, devidamente transformado em Julico, vem com um trabalho solo que sai em fins de outubro, com o título de “ikê maré”.

 

Ele explicou em seu perfil no Facebook:

 

“Comecei a gravar meu primeiro disco solo em fevereiro desse ano. Graças a Dudu Prudevente tive o privilégio de gravar alguns baixo e violões, além de bateria (gravada por Ravy Bezerra) na beira do rio Vaza Barris no povoado Caípe Velho em minha terra natal. O título do álbum e o núcleo imagético das canções se passam em beiras de rio, mangues, matas, numa natureza que me foi arrancada das mais profundas lembranças que trouxe junto um sentimento de renascimento e de encontro com uma paz esquecida. Não teria lugar melhor para iniciar esse trabalho que simboliza um recomeço, um mergulho nas minhas antigas vivências”.

 

 

Julico já lançou dois singles: “Nuvem Negra”, que já é uma das canções mais bonitas deste 2020. Há pouco ele soltou outra canção, “Eu São/Curtis Says”, que mostra o leque de influências de seu trabalho, partindo dos ritmos regionais, chegando ao blues e ao rock setentistas, bem como pelo soul. E tudo faz sentido nesta mistura.

 

 

Vamos deixar os clipes realizados até agora, bem como os links para ouvir as canções em streaming.

 

 

Prestigie o artista brasileiro relevante.

 

 

 

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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