Fernanda Takai lança single
Fernanda Takai está no estúdio, em casa, preparando um novo álbum, ainda sem título. O primeiro single, “Terra Plana”, chegou aos aplicativos de música, pela Deck, no dia 08 de maio.
“Terra Plana” foi escrita por John Ulhoa, que produziu e tocou todos os instrumentos. “Escrevi a música pensando em nossa filha, imaginando se estamos dando a ela as ferramentas que precisa para ter a coragem que a vida pede, e a sabedoria pra se esquivar do obscurantismo que anda nos assolando. É sobre pais envelhecendo e desejando ter acertado na educação dos filhos, para um dia poderem se despedir em paz” – comentou John.
Como sempre, Fernanda Takai pensou minuciosamente na linguagem visual que acompanha o trabalho musical. “Escolhi uma bela e significativa imagem do artista plástico Renato Larini para dar o tom do single e de todo o álbum. Ele tem um trabalho que se conecta bem com as canções do disco, que vem com uma intenção sonora e lírica diferente dos meus anteriores”.
Em breve, “Terra Plana” ganhará um lyric video “bem didático e científico, pois só a arte e a ciência para nos salvar nesse momento”, completa Takai.
Terra Plana – Fernanda Takai e John Ulhoa
Se eu disser
Que mesmo tendo medo
Você deve se arriscar
Será que você vai se machucar?
E se alguém te contar
Que a terra é plana
E que não dá pro espaço viajar
Será que vai acreditar?
Não pode ser, onde é que eu errei?
Como é que isso foi acontecer?
Se eu disser
Que mesmo tendo errado
Eu quis sempre acertar
Será que você vai me perdoar?
Se o vento me soprar
Pra longe dos teus olhos
Sem que eu possa te abraçar
Prometa que você vai se virar
Eu sei que você já pode entender
É meio difícil envelhecer
E o mundo a girar vai te ensinar
O que eu não sei
E o mundo a girar…
E o mundo a girar…
Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.