Far Out lançará álbum perdido de Joyce

 

 

 

Gravado nos Estados Unidos em 1977, “Natureza” era o disco que iria apresentar e fazer decolar Joyce no mercado internacional. Com produção de Claus Ogerman e participação de gente como Naná Vasconcelos, Tutty Moreno, Maurício Maestro, além de bambas novaiorquinos do jazz, como Joe Farrell, Michael Brecker, Buster Williams, Mike Manieri, o álbum jamais foi lançado por questões obscuras.

 

A gravadora inglesa Far Out Recordings, especializada em valorizar obras musicais brasileiras belíssimas e esquecidas aqui e alhures, vai lançar “Natureza” neste ano e preparou um presente para fãs e entusiastas da música brasileira atemporal: o lançamento da versão de “Feminina”, canção que está no álbum e que seria regravada por Joyce para lançamento apenas em 1980, em seu álbum de mesmo nome. Só que a versão que a Far Out disponibiliza hoje via streaming tem mais de onze minutos de duração e conta com todo esse timaço de colaboradores mencionados acima. Ou seja, é um colosso total.

 

A versão de 12″ de “Feminina” terá, além da canção, uma entrevista gravada por Joyce, feita a convite da gravadora, na qual ela explica detalhes da gravação do álbum e da faixa. O lançamento será no Record Store Day, em 23 de abril.

 

Joyce Moreno – voz, violão
Mauricio Maestro – violão, vocais
Buster Williams – baixo acústico
João Palma – bateria
Naná Vasconcelos – percussão
Tutty Moreno – percussão
Mike Manieri – vibrafone
Warren Bernhardt – teclados
Joe Farrell – flauta solo
Phil Bodner, Romeo Penque, George Marge, Don Hammond, Ray Beckstein – sopros
Produzido e arranjado por Claus Ogerman
Gravador por Frank Laico no Columbia Studios, NYC, 1977

 

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *