Coletânea dupla reúne a nova geração do rock goiano

 

 

A nova geração do rock goiano está reunida na coletânea Goiânia Rock City 2020, que acaba de ser lançada pela Monstro Discos. A 4ª edição do projeto chega em um álbum com dois volumes (disponível em CD e nas plataformas de streaming) e 23 bandas como Rural Killers, Desert Crows, Gregor, Cabaré de Eliete, Quandefé, GASP, Melodizzy, Bad Distortion, Distorce, Blowdrivers, Black Lines, União Clandestina e muito mais.

 

O projeto Goiânia Rock City, da Monstro Discos, começou em 2005. Na época, o selo goiano lançou um CD que apresentava para o Brasil bandas como Réu e Condenado, Valentina, The Rockefellers, Vó Delmira, Shakemakers, Seven, Johnny Suxxx e Sangue Seco e ainda nomes já conhecidos como Mechanics, Hang the Superstars, MQN, Violins e Barfly, entre outros.

 

Em 2008, saiu a 2ª edição da coletânea com Black Drawing Chalks, Bang Bang Babies, Hellbenders, Diego de Moraes, Motherfish, Mugo, Señores e muito mais. Já a 3ª edição é de 2015 e traz The Galo Power, Dry, Cherry Devil, Space Truck, Coletivo Sui Generis, Two Wolves, Damn Stoned Birds, Off a Cliff, DDO, Woolloongabbas, Rapsódia, Verne e Pedrada, entre outras.

 

A 4ª edição da coletânea Goiânia Rock City chega agora para reforçar o momento rico e plural da nova safra do rock produzido na cidade. O disco conta ainda com arte do quadrinista Márcio Jr., vocalista do Mechanics, e uma das principais referências para as bandas de Goiânia.

 

Para a Monstro Discos, o álbum é uma forma não só de apresentar essa nova safra, como também de realimentar a cena, dar novo gás para ao cenário local e até mesmo estimular esses e outros artistas a criar e produzir sempre coisas novas. “A ideia é reoxigenar a cena, é estimular essas bandas a produzir e tocar e fomentar que surjam outras”, explica Leo Bigode, do selo goiano.

 

Confira quem é quem na coletânea Goiânia Rock City 2020.

 

Volume 01

 

Desert Crows

Uma das grandes revelações do stoner goiano, a Desert Crows já tem um disco lançado e vem ganhando destaque entre os fãs do gênero. Age of Despair foi gravado no Estúdio Resistência e conta com oito faixas de stoner tradicional, com uma produção moderna, envolvidas por uma avalanche de riffs pesados e viajantes, com batidas certeiras e empolgantes.

 

Distorce

A Distorce faz rock com influências diversas e passeia através de gêneros musicais variados sem preconceitos e misturando de tudo um pouco que resultam em músicas dinâmicas, nas quais é impossível prever o que está por vir.

 

Black Lines

A Black Lines é outro grande representante do stoner goiano. Formada em 2014, a banda apresenta forte influência Black Sabbath, Alice in Chains, Kyuss e Down e já marcou presença nos principais festivais de Goiânia.

 

Burning Rage

A Burning Rage faz punk rock e hardcore melódico e é formada por integrantes de outras bandas conhecidas de Goiânia, como Woolloongabbas, Vero HC e Pedrada. Neil Neto (vocais), os guitarristas Schubert Dias e Alê Lobo, Hélio Zancopé (bateria) e Rodolfo Santos (baixo) dão fôlego novo ao estilo consolidado no País por nomes como CPM 22, Street Bulldogs, Garage Fuzz , Hateen, Dead Fish, Sugar Kane e NItrominds, entre outros.

 

Gregor

O quinteto Gregor foi formado em 2016 e aposta numa sonoridade da que varia entre o indie dos anos 2000, a disco music e a psicodelia. Poesia e músicas dançantes com psicodelia são o forte do grupo.

 

Melodizzy

Melodizzy é rock and roll em estado bruto. Fundada por Daniel de Paula e Túlio Ribeiro, em 2012, a banda faz rock old school, clássico e com influências dos grandes nomes do estilo.

 

GASP

GASP é uma banda de post-grunge com grandes influências de Queens of The Stone Age, Nirvana, Linkin Park, Foo Fighters, Iron Maiden, Led Zeppelin dentre outros. Segundo eles, “a principal proposta da GASP é fazer a galera pular, se divertir e dançar!

 

Underdog Pack

Banda de hard blues que mescla influencias que vão do blues tradicional ao hard rock setentista. Ideal para quem devora tanto Buddy Guy quanto Thin Lizzy.

 

Guerrilha dos Coelhos Mutantes

Banda que vem chamando muita atenção com um som ousado e nada convencional, que mistura o regionalismo brasileiro com o cosmopolitismo de uma metrópole. É punk rock com rap, swing e ritmos regionais.

 

Doentes do Amor

O Doentes do Amor ou DDA não é uma banda da nova geração, mas com poucos registros, entrou na coletânea para deixar o seu registro. A atmosfera musical criada pelo DDA envolve canções sempre com a temática do amor com misturas do pós-punk 80, tecnopop, assim como tendências modernas da música eletrônica.

 

Quandefé

Uma banda goiana com integrantes oriundos de outras bandas goianas. Rock bruto, psicodelias, peso, melodia, loucuras e fritações. Ouça e defina você mesmo.

 

 

Volume 02

 

Os Indomáveis & Sandoval Shakerman

O grupo faz o que eles chamam de “maximum rhythm and blues”, que tem a proposta de unir referências do rock clássico e o rhythm and blues de uma forma não saudosista, pesado, dançante, divertido, passional, com um charme kitsch e letras confessionais.

 

Cabaré de Eliete

A Cabaré de Eliete é uma banda influenciada pelo brega, o sertanejo raiz, boleros, rock e ska. O grupo conta com um trio de metais, baixo, guitarra, teclado, bateria e voz trazendo canções românticas e dançantes, sempre em tom etílico e vibrante.

 

Rural Killers

A Rural Killers se inspira principalmente no southern rock e stoner metal, flertando com várias gerações do rock’n’roll. Uma banda que serve muito bem de trilha para os momentos mais divertidos, bêbados e carregados de loucura e quanto mais alto for o volume, maior serão os efeitos sentidos.

 

Bad Distortion

Criada em 2013, a Bad Distortion faz jus ao nome com uma distorções, peso e misturas de metal, punk, garage rock, stoner, grunge e post-hardcore.

 

Coyote Shades

Com apenas dois anos de estrada, mas também se destaca nesse cena do rock chapado de Goiânia. É stoner somado a riffs de guitarra influenciados pelo blues e hard rock.

 

Light River Company

A Light River Company nasceu de um despretensioso tributo ao Green Day em 2015, mas logo foram nascendo canções poderosas, e o trabalho autoral rendeu. Com músicos que também já passaram por outras bandas da cidade, fazem um pós-grunge de responsa, com pitadas de stoner, hard rock e colocam todo mundo pra balançar a cabeça.

 

Blowdrivers

Fundada em 2016, a Blowdrivers lançou, no fim do ano passado, o disco You Gonna Enjoy the Feeling (Monstro Discos) que teve boa aceitação da crítica nacional e entrou na lista dos melhores discos goianos de 2018. Rock potente, com pegada dos anos 70 e elementos do blues, alt-country e grunge.

 

The Pulx

Criada pelo baterista Wendell Viva la Vinil (que também toca no DDA), The Pulx é pós-punk e alternative rock, que passeia tanto pelos anos 80 quanto pelos 90.

 

Riso do Abismo

Rock poético existencialista. Formada em 2014, a banda Riso do Abismo busca em suas letras com referências literárias e dietribes poéticas o equilibrio harmônico entre influências que vão do erudito ao post-rock.

 

União Clandestina

Formada em 2018, a União Clandestina mistura rap e metal, com riffs pesados e rimas rápidas, atitude, grooves e distorções.

 

Cowboys from Hill

Banda formada em 2011 com influências do blues ao metal, do country ao grunge e do punk ao hard com maior ênfase no blues-rock texano e country rock

 

Boogie Night

Nostalgia de qualidade expressada em um estilo diferenciado flertando com o pop e o vintage. A Boogie Night nasceu em 2017 e faz rock, indie com referências a Depeche Mode, A-Ha, Duran Duran e a pegada clássica de pop dos anos 80.

 

 

Ouça em:

GOIÂNIA ROCK CITY 2020 – VOL.1

(Spotify) https://spoti.fi/2YpazQV

(Youtube) https://youtu.be/1bkpLxFC530

 

 

GOIÂNIA ROCK CITY 2020 – VOL.2

 

(Spotify) https://spoti.fi/34TiqJ0

(Youtube) https://youtu.be/LR__X5JAVLM

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *