Cocteau Twins ganha nova prensagem
No dia 20 de março, a gravadora inglesa 4AD lançará a nova prensagem de mais dois álbuns da Cocteau Twins em vinil – seu debut em 1982, “Garlands”, e “Victorialand” (1986). Isso significa que, com exceção de “The Moon and the Melodies” (1986, com Harold Budd), todos os álbuns de estúdio da banda serão lançados via 4AD.
Ambas as reprensagens serão feitas em vinil preto de 140g, usando o áudio remasterizado do analógico original e com capa fiel aos seus designs originais da 23 Envelope. Os códigos de download estão incluídos em ambos.
Cocteau Twins
Garlands (2020 Vinyl Repress)
Catalogue No: 4AD 0192
A1. Blood Bitch
A2. Wax and Wane
A3. But I’m Not
A4. Blind Dumb Deaf
B1. Shallow Then Halo
B2. The Hollow Men
B3. Garlands
B4. Grail Overfloweth
Garlands foi o debut do Cocteau Twins, lançado em 1982. Foi o único álbum com o baixista Will Heggie. Descrevendo-o como “assustador”, “mágico” e “cristalino”, os críticos usaram seus adjetivos; aquilo era, principalmente, rock. Mas evocado no ambiente mais improvável, com o material mais estranho. Essa é a primeira prensagem em vinil de Garlands em mais de uma década.
Cocteau Twins
Victorialand (2020 Vinyl Repress)
Catalogue No: 4AD 0193
A1. Lazy Calm
A2. Fluffy Tufts
A3. Throughout the Dark Months of April and May
A4. Whales Tails
B1. Oomingmak
B2. Little Spacey
B3. Feel-like Fins
B4. How To Bring a Blush to the Snow
B5. The Thinner The Air
“Victorialand”, o quarto disco do Cocteau Twins, foi lançado em 1986. O álbum amplamente acústico, pouco percussivo, foi feito com Elizabeth e Robin, enquanto Simon estava trabalhando no segundo álbum de This Mortal Coil. Richard Thomas, da Dif Juz, tocou tabla e saxofone. O jornal The Guardian disse:
“Não é tão ambiental, mas definitivamente não é rock’n’roll, mesmo para os padrões do Cocteau, sob os momentos construído pelas guitarras dos discos anteriores, enquanto também é despretensioso em partes marcadas apenas pela guitarra de Guthrie e a voz de Fraser.”
Esta é a primeira prensagem em vinil do Victorialand desde os anos 80, com essa nova versão em 33 1⁄3 RPM.
Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.
Indiscutivelmente uma das melhores bandas do pós-punk inglês e super influente em gêneros como shoegaze, dream pop e congeneres sou fanzaço da banda.