Aimee Mann lança cover de Leonard Cohen
Há algum tempo eu perdi contato com a carreira de Aimee Mann. Foi com certa surpresa e felicidade que vi o lançamento de uma versão arrepiante de “Avalanche”, uma canção gravada por Leonard Cohen em 1971, no álbum “Songs Of Love And Hate”.
A canção é o tema de abertura do documentário da HBO I’ll Be Gone In The Dark, que é inspirado no livro de mesmo nome, escrito por Michelle McNamara, sobre a sua busca pelo “assassino da Golden Gate”. Aimee e Michelle eram amigas.
“Eu e Michael Penn, meu marido, éramos amigos do casal Patton e Michelle. Nos conhecemos há muito tempo, acompanhamos os altos e baixos da pesquisa. Ficamos arrasados com sua morte e vi os esforços de Patton para que o livro fosse lançado após sua morte. Fiquei tão feliz com isso que gravei a versão de ‘Avalanche'”.
Avalanche – Leonard Cohen
Well I stepped into an avalanche
It covered up my soul
When I am not this hunchback that you see
I sleep beneath the golden hill
You who wish to conquer pain
You must learn, learn to serve me well
You strike my side by accident
As you go down for your gold
The cripple here that you clothe and feed
Is neither starved nor cold
He does not ask for your company
Not at the centre, the centre of the world
When I am on a pedestal
You did not raise me there
Your laws do not compel me
To kneel grotesque and bare
I myself am the pedestal
For this ugly hump at which you stare
You who wish to conquer pain
You must learn what makes me kind
The crumbs of love that you offer me
They’re the crumbs I’ve left behind
Your pain is no credential here
It’s just the shadow, shadow of my wound
I have begun to long for you
I who have no greed
I have begun to ask for you
I who have no need
You say you’ve gone away from me
But I can feel you when you breathe
Do not dress in those rags for me
I know you are not poor
And don’t love me quite so fiercely now
When you know that you are not sure
It is your turn, beloved
It is your flesh that I wear
Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.