Gerson King Combo está internado e a imprensa está omissa

Desde sábado, 19 de setembro, o grande Gerson King Combo está internado no Rio de Janeiro. Músicos da banda que o acompanha, Supergroove, anunciaram em seus perfis no Instagram que o show que fariam no Caxias Festival na mesma noite estava suspenso por conta do ocorrido. Eles também pediram orações para que o veteraníssimo cantor e soul brother número um do Rio de Janeiro se recuperasse rapidamente. Em um comunicado oficial feito na página do cantor no Facebook, Ronaldo Pereira, produtor do cantor, disse que ele havia passado mal mais cedo e precisou ser levado às pressas para o hospital. Segundo ele, ainda estariam aguardando um boletim médico para dar mais detalhes.

O que espanta é o silêncio da imprensa hegemônica sobre o ocorrido. Nenhuma nota, nenhum detalhe, nada.

Nós, da Célula Pop, estamos atrás de mais detalhes e manteremos este post atualizado e também nos juntamos à corrente por melhoras e pronto restabelecimento do Seu Gerson, lembrando que ele é uma das criaturas mais gentis e simpáticas deste mundo.

Nota: em 2016, por conta das pesquisas para o meu mestrado, Gerson me recebeu em sua casa, no bairro de Madureira, Rio e, por mais de duas horas, conversou animadamente comigo sobre os bailes black e sua importância para o cenário da música negra brasileira naquela primeira metade de década de 1970. Dediquei minha dissertação a ele, entre outros heróis da música e não me esqueço de sua simpatia extrema ao me convidar para almoçar com ele e sua esposa naquele dia. Por conta de outros compromissos, recusei gentilmente. Desejo tudo de melhor para o grande mestre.

Atualização (14:50h) – Gerson foi internado por conta de uma alta de glicose. Ele é diabético. Já voltou para casa e está sob cuidados, mas bem.

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.