13 Melhores Discos Internacionais de 2020

 

Aqui está a nossa lista de melhores discos internacionais de 2020. Foi um ano duro, mas com uma ótima produção musical, que atingiu níveis ótimos em alguns momentos. Houve gente sensacional gravando após anos de silêncio; teve gente que gravou ano passado e seguiu neste ano. Teve disco de quarentena, teve disco de protesto, teve disco de apelo para darmos as mãos como meio de sobrevivência.

 

Nossa lista traz os 13 melhores do ano e outras 13 menções honrosas para você mergulhar em um oceano seguro e morninho de ótimas canções e discos. Vem com a gente.

 

 

Menções honrosas

 

– AC/DC – Power Up – se é pra voltar à ativa, que seja assim, com ânimo renovado, ótimas canções e a velha classe de sempre. O melhor disco dos australianos neste milênio.

 

 

– Bush – The Kingdom – a mais inglesa das bandas grunge permanece ativa e distribuindo aqueles riffs mamúticos. Este novo disco é perfeito para quem gosta dessa sonoridade.

 

 

– Deftones – Ohms – Chino Moreno e sua turma voltam a realizar um ótimo disco em que os sons pesados se mesclam ao alternativo noventista e brincam de esconde-esconde nos seus fones de ouvido.

 

 

– Khruangbin – Mordechai – levadas funk, ambiências dub, flertes com o reggae e uma sonoridade empoeirada que é a Califórnia deste 2020. Disco sensacional.

 

 

– Kylie – DISCO – a cantora australiana lançou este álbum no qual presta tributo aos sons da Disco Music setentista e suas revisitações pós-Daft Punk. Bem bacana e cheio de faixas memoráveis.

 

 

– Paul McCartney – McCartney III – a nova aventura solo de Paul McCartney é terceira parte de sua trilogia de discos personalíssimos. E como tal, mistérios e revelações estão presentes.

 

 

– Rookie – Rookie – banda iniciante do Michigan, com um pé no rock setentista americano e bom senso melódico para não soar datada. Uma belezura de disco.

 

 

– Stone Temple Pilots – Perdida – o STP encasquetou que é uma espécie de Eagles e gravou este disco todo acústico, cheio de baladas e canções lindíssimas, cheias de arranjos ótimos. Surpreendente.

 

 

– Future Islands – As Long As You Are – direto da improvável Baltimore, o Future Islands segue com sua revisita do tecnopop oitentista, cheio de canções com dramas e arranjos melódicos ao extremo.

 

 

– Haim – Women in Music Pt. III – as irmãs Haim conseguem manter fresca e bacana a sua mistureba de Fleetwood Mac californiano com r&b noventista americano, tudo funcionando perfeitamente.

 

 

– Nils Frahm – Tripping With Nils Frahm – o mago alemão das teclas e conceitos é um dos artistas mais interessantes em atividade. Este disco ao vivo é simplesmente colossal.

 

 

– Nada Surf – Never Not Together – o grupo americano é cria do rock alternativo noventista e segue fiel ao seu som, com melodias inspiradíssimas e várias letras sobre como sobreviver num mundo especialmente hostil como o nosso.

 

 

– Waxahatchee – Saint Cloud – Katie Crutchfield é uma dessas cantoras e compositoras americanas que revisitam o folk como ritmo primordial da existência, misturando-o com rock alternativo quando necessário.

 

 

 

MELHORES DISCOS INTERNACIONAIS DE 2020

 

 

13. The Strokes – The New Abnormal – Julian Casablancas e sua turma seguem fazendo a crônica roqueira de um mundo que envelhece muito rápido, a ponto dos Strokes serem hoje dinossauros do rock. Um de seus melhores discos até hoje.

 

 

12. Bob Mould – Blue Hearts – Bob Mould é uma pessoa em que podemos confiar. Seus discos solo têm sido tão fortes quanto seus trabalhos no Husker Dü e no Sugar, com o detalhe de que, neste aqui, ele vem enfurecido com o retrocesso trumpístico nos EUA.

 

11. Phoebe Bridgers – Punisher – este é o segundo disco de Phoebe, uma cantora com bases folk, mas apreço infinito pelo indie pop. Aqui ela faz um monte de canções legais e grudentas.

 

10. The Killers – Imploding The Mirage – a turma de Las Vegas volta em novo disco com velhos temas envoltos em rock oitentista bombástico e levemente cafona, como convém.

 

 

09. Kestrels – Dream or Don’t Dream – surpresa canadense que mergulha fundo na sonoridade alternativa roqueira americana, especialmente de gente como Dinosaur Jr. O próprio J Mascis dá aval e participa do álbum.

 

 

08. Rolling Blackouts Coastal Fever – Sideways To New Italy – segundo trabalho dos australianos, que voltaram pra casa após percorrer o mundo e lidar com a fama. Existencialismo, nostalgia e pós-punk sob o sol do Outback.

 

 

07. Tame Impala – The Slow Rush – mais um australiano na nossa lista, dessa vez é Kevin Parker, que segue seu rumo em busca do pop perfeito a bordo do Tame Impala. Enquanto segue em frente, ele vai gravando algumas canções memoráveis.

 

 

06. Once And Future Band – Deleted Scenes – pessoal de Oakland, a Niterói da Costa Oeste americana, fazendo progressivices e incursões na psicodelia jazzística setentista com ares de agora. Maravilha.

 

 

05. Fontaines D.C. – A Hero’s Death – irlandeses punks pisam um pouco no freio da celebração niilista e se saem com outro álbum sensacional.

 

 

04. The Avalanches – We Will Always Love You – os produtores/magos australianos voltam com mais uma colcha de retalhos sonoros, uma ode ao uso do sampler como instrumento musical capaz das mais sensacionais maravilhas.

 

 

03. Bruce Springsteen – Letter to You – o Boss em seu elemento natural: reflexões sobre o tempo, a amizade, a união e a fraternidade como único meio de suportar a dureza do mundo.

 

 

02. Bob Dylan – Rough and Rowdy Ways – Dylan transcendental e atemporal. Seu grande disco na velhice.

 

 

01. Fleet Foxes – Shore – uma verdadeira viagem a um tempo verde, harmônico e cheio de melodias perfeitas. Rock, folk e lirismo se misturam num conceito de que nós seremos capazes de nos dar a segurança que precisamos. Um disco muito, muito bonito.

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

2 thoughts on “13 Melhores Discos Internacionais de 2020

  • 29 de dezembro de 2020 em 09:13
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    Só pra variar, a lista está ótima. Once and Future Band, Fontaines DC e Avalanches – obrigado por nos apontar as melhores descobertas desse ano. E se também não fosse pela Célula Pop o novo do Fleet Foxes me teria passado completamente desapercebido; e caramba, que discaço!!! A propósito, você também vai elaborar uma lista de melhores filmes e séries do ano?

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    • 29 de dezembro de 2020 em 11:21
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      Sim! Estive com problemas de Internet por oito dias e retomo hoje as listas. Teremos discos nacionais, séries, músicas – nacionais e estrangeiras – e mais um monte de coisas. Só ficar ligado!

      Resposta

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