#musiquetas 26/02/21

 

 

Você já sabe, #musiquetas é a nossa lista semanal de canções bacanas que surgiram nos serviços de streaming ou na nossa mente. Tem lançamento, tem revisita, tem cover, tem um pouco de tudo, sempre com a ideia de te apresentar boa música para te desviar dos caminhos normais e viciados do cotidiano. A edição desta semana tem 13 músicas e 53 minutos, o conteúdo necessário para te fisgar. Vem!

 

 

– Open Up To Heavens – Jade Bird – um chiclete powerpop desta cantora inglesa de 23 anos, que marca o abraço dela a sonoridades mais enguitarradas, ao contrário dos trabalhos anteriores, calcados no folk.

 

– Half A Human – Real Estate – o grupo de New Jersey está retornando com um EP, cujo single é esta beleza de dedilhados de guitarra e aquele clima de praia cinzenta, contemplação e reflexão. Não tem erro.

 

– Tua Paz – Nimbo – banda pernambucana que surge com este belíssimo single, com melodia impressionante e arranjo que decalca o indie rock no melhor dos sentidos. Aposta para 2021.

 

– The Last Man On Earth – Wolf Alice – o quarteto inglês anunciou o lançamento de seu terceiro disco, “Blue Weekend” para junho e soltou o primeiro single, esta maravilha dramática com guitarras e ótimos vocais de Ellie Roswell.

 

 

– I Ran Away – Dinosaur Jr. – o veterano combo de J Mascis, Lou Barlow e Murph segue firme e forte, alheio à passagem do tempo. Seu negócio é a variante melódica, porém invocada, do rock alternativo guitarreiro americano. Esta canção antecipa o novo disco, “Sweep It Into Space”, previsto para 23 de abril.

 

– White Elephant – Nick Cave e Warren Ellis – do álbum “Carnage”, lançado pelo vocalista e pelo seu parceiro dos tempos de Bad Seeds. É um anti-gospel, uma canção pesada, triste, que invoca o desespero deste mundo pandêmico e pandemoníaco. Para poucos e fortes.

 

 

– Jealous Guy – Black Crowes – faixa-bônus presente na versão tripla de “Shake Your Money Maker”, disco de estreia do grupo americano, relançado por conta de seu 30º aniversário. Aqui os irmãos Robinson e seus amigos assumem inequivocamente o seu amor por Faces, lembrando as covers maravilhosas que costumavam fazer.

 

 

– Why Must A Building Burn? – Maximo Park – banda de Newcastle que volta ao disco com doze faixas otimistas e embebidas pelo prazer que os integrantes vivem hoje com a paternidade. Temos pianos e batidas rápidas a serviço da boa canção.

 

 

– Like A Ship – Leon Bridges e Keite Young – mais um single do jovem soulman texano, que vem produzindo várias ótimas canções. Aqui ele visita um pouco da variante psicodélica da black music setentista, mas sem se perder em termos de grude pop ao fazer uma cover de uma canção gospel, de um tal de Pastor T.L. Barret. Uma lindeza ensolarada.

 

 

– Lucky Be A Lady – Willie Nelson – o veterano e venerável cowboy vem produzindo um disco por ano há bastante tempo. Aqui temos mais um tributo ao cancioneiro de Frank Sinatra – “That’s Life”, seu 71º (!!!!!) álbum. Temos uma sucessão de clássicos, lindamente interpretados e arranjados, mas esta versão meio latina de “Lucky Be A Lady” salta aos ouvidos. Lindeza.

 

– The Record Player And The Damaged Done – The Reds, Pinks And Purples – já falamos deste projeto lo-fi do multinstrumentista de San Francisco, Glenn Donaldson. Ele ressurge com um novo single, dando aquele belo passeio pelos timbres pós-punk oitentistas com classe e propriedade.

 

– Heatwave – Julien Baker – a cantora e compositora finalmente lançou seu disco “Little Oblivions” no último dia 26 pela Matador Records e trata-se de mais um belo trabalho folk pop. Esta é apenas uma das ótimas canções de Julien.

 

 

– Halcyon – Lost Horizons e Penelope Isles – Simon Raymonde e Richie Thomas já cerraram fileiras com ótimas bandas de dreampop e shoegaze da prestigiosa 4AD, especialmente Cocteau Twins e Def Juz e há tempos assinam produções como Lost Horizons. Junto deles, nesta linda faixa, está a cantora inglesa Penelope Isles. Tem potencial para amparar os órfãos das guitarras e vozes femininas dos anos 1990.

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *