Walter Franco, 1945 – 2019
Walter Rosciano Franco nasceu a 6 de janeiro de 1945, na cidade de São Paulo e teve sua primeira aparição em festivais, mais precisamente no Festival Internacional da Canção, quando apresentou a canção “Cabeça”, muito mais uma colagem de sons e timbres do que uma “canção” convencional.
A partir daí, a carreira de Walter teve mais visibilidade, especialmente com o “disco da mosca”, no qual ele colabora com Rogério Duprat. O maior destaque deles álbum é “Me Deixe Mudo”, que chegou a ter uma versão de Chico Buarque em “Sinal Fechado”, de 1974.
Lembro de ver uma seção Discoteca Básica na finada revista Bizz trazendo “Revolver”, seu disco de 1976, no qual ele abraça um formato mais convencional de canção, mas foi com “Respire Fundo”, de 1978 (que tem o “cult hit” “Coração Tranquilo”), e, especialmente, com “Vela Aberta”, de 1979, que Walter conseguiu seus feitos mais próximos do sucesso, inclusive a minha vaga lembrança de “Vela Aberta”, perdida em alguma ida ou volta do Rio para Petrópolis, numa velha Brasília creme, dirigida pela minha mãe.
Seu último disco foi “Tutano”, lançado em 2001.
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Walter Franco morreu nesta quinta-feira (24), aos 74 anos. Ele estava internado desde o começo do mês após sofrer um AVC.
Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.