Gravadora britânica anuncia álbum inédito do Som Imaginário, gravado em 1976

 

 

 

Som Imaginário é uma banda mitológica e decisiva na confecção de álbuns como “Clube da Esquina”, de Milton Nascimento. Como tal, tinha influências de várias vertentes, misturando folk, progressivo, psicodelia, jazz, música brasileira tradicional e rock. Ao longo de sua carreira o grupo lançou três álbuns, gravados entre 1970 e 1973. Dá pra afirmar que o Som Imaginário introduziu na música pop brasileira de seu tempo uma complexidade harmônica que serviu e serve de inspiração para muitos artistas brasileiros e estrangeiros.

 

 

O Som Imaginário se apresentou com Milton Nascimento ao longo do ano de 1976 e, no dia 4 e outubro, fez um show em Brasília, por conta do Dia da Natureza. A gravação deste espetáculo permaneceu extraviada por mais de 50 anos, até ser achada, remasterizada e se transformar num álbum ao vivo, o primeiro da carreira do grupo. A formação deste show era Wagner Tiso, Fredera, Nivaldo Ornelas, Paulinho Braga e Jamil Joanes. Além deles, como convidados especiais, estavam Zé Rodrix, Robertinho Silva, Noveli, Toninho Horta e os percussionistas Laudir de Oliveira (que fazia parte do grupo americano Chicago) e Naná Vasconcelos.

 

 

O lançamento em CD e streaming de “Banda da Capital” também traz duas faixas-bônus gravadas ao vivo em outra apresentação, ocorrida cerca de um ano antes, no Museu de Arte Moderna, do Rio de Janeiro: “Armina” e uma versão para “Manuel, o Audaz”, de Toninho Horta, que mais tarde seria gravada com participação de Pat Metheny e Lo Borges.

 

 

Como aperitivo, está disponível nas plataformas digitais a canção “Os Cafezais Sem Fim”.

 

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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