Estreia da Legião Urbana completa quatro décadas

 

 

Marcelo Rubens Paiva, logo após a morte de Renato Russo, escreveu algumas de suas memórias. Um trecho: “Queríamos o grande público sem perdermos a identidade. Tínhamos medo de sermos corrompidos pela fama. Eu dava entrevistas com camisetas de bandas amigas. A Legião, com uma camiseta estampada Feliz Ano Velho. Talvez fôssemos isso, saudosistas, órfãos de um mundo velho, com projeto, com História.”

 

Marcelo conhecera a banda em 1983, época das primeiras apresentações em São Paulo. Depois, no carnaval de 1985, como conta Carlos Marcelo, reencontraria os rapazes em Brasília, cidade natal da Legião Urbana, quando ensaiavam para os shows de divulgação do álbum de estreia.

 

Esse primeiro álbum, com o nome da banda, tem duas datas. No selo do vinil, consta 1984, como estava previsto. Mas na capa está 1985, quando de fato ocorreu o lançamento, nos primeiros dias de janeiro (ou de fevereiro, segundo outras fontes).

 

A banda também tinha duas datas, por assim dizer. Legião Urbana havia se formado em meados de 1982, quando o baterista Marcelo Bonfá atendeu ao convite de Renato Russo, vocalista e baixista. O guitarrista Dado Villa-Lobos juntou-se ao duo em março de 1983. Por fim, Renato Rocha, o novo baixista, integrou-se nas vésperas da gravação do álbum em 1984.

 

Mas a Legião assumira o legado de outra banda, a Aborto Elétrico, idealizada em 1978. Renato Russo e Fê Lemos, que se tornaria baterista da Capital Inicial, conviveram por todo o tempo que durou a Aborto, até o início de 1982. Antes de formar a Legião, Renato apresentou-se como o “trovador solitário”, compondo novas canções no violão.

 

A Aborto Elétrico conquistou um lugar mítico na história do rock brasiliense. Marcelo e Dado estavam entre os rapazes que não resistiram ao fascínio da banda. Arranjaram instrumentos e acrescentaram outros nomes à lista de projetos musicais. A Plebe Rude era um deles. No início da década de 80, gravar um álbum era apenas um sonho na cabeça desses jovens.

 

Para a Legião, as coisas começam a mudar em 1983, como indica Arthur Dapiève em sua biografia de Renato Russo. Os Paralamas do Sucesso, trio meio brasiliense-meio carioca, assinaram contrato com a EMI e lançaram Cinema Mudo, que incluiu “Química”, música composta na época da Aborto Elétrico.

 

A Rádio Fluminense FM já vinha abrindo espaço para fitas cassete que bandas enviavam. E assim a Legião apareceu nas ondas do dial pela primeira vez, no programa de Maurício Valladares. Também pela primeira vez, a banda, ainda como trio, fez shows em São Paulo e Rio.

 

Empolgada com o sucesso da Blitz e dos Paralamas, a EMI contratou a Legião. Ofuscado pelo Rock in Rio, Legião Urbana, o álbum, só começou a chamar atenção em meados de 1985. Várias faixas entraram na programação das rádios e a banda firmou-se como uma das principais revelações do BRock. O vocalista, pelo que cantava e falava, destacava-se.

 

Na primeira de suas eleições de melhores do ano, a revista Bizz, em consulta a 14 jornalistas, apontou a banda como ganhadora em três categorias: melhor grupo, melhor vocalista e melhor LP. Nas escolhas dos leitores, a Legião ficou em quarto. A EMI não esperava que mais de 10 mil LPs fossem vendidos. Até o final de 1985, o saldo já atingia 80 mil.

 

No entanto, a Legião não foi apenas um sucesso comercial. É possível afirmar que seu primeiro álbum inaugurou uma nova fase dentro do BRock. Após o desbunde new wave, as cartas do jogo começaram a mudar. Os sons ficaram mais ferozes e as letras ganharam contundência. Poderiam os jovens compor a trilha sonora de um Brasil em transformação?

 

 

Elétrico e eclético

 

A Legião fazia música urbana e elétrica. Bases de bateria e baixo bem marcadas, nervosas, guitarra distorcida, vocal agitado. Se essa descrição capta apenas parcialmente o estilo da banda, ela certamente não correspondia ao que um dos chefes da EMI ouviu. A fita que lhe chegou em 1983 mostrava Renato Russo na sua fase de “trovador solitário”, apenas voz e violão.

 

O mal-entendido rendeu muitas tensões na relação entre a banda e a gravadora. Um primeiro teste, tendo em vista um compacto, foi feito com Marcelo Sussekind, produtor dos Paralamas. Um segundo foi acompanhado por Rick Ferreira, guitarrista de Raul Seixas e Erasmo Carlos, que insistiu em transformar a Legião em uma banda de folk country…

 

Como conta Chris Fuscaldo, graças a Mayrton Bahia, que se tornaria produtor da Legião a partir do segundo álbum, as coisas se ajeitaram. A banda iria direto para o LP. José Emílio Rondeau ofereceu-se para produzir o agora quarteto. Apesar de sua pouca experiência na função, havia uma sintonia entre Rondeau e a banda.

 

Legião Urbana, o álbum, começou a ser gravado no estúdio 2 da EMI em julho de 1984. Em novembro ele foi finalizado. Na capa e na contracapa, dominadas por uma larga moldura branca, figuram duas fotos da banda, clicadas por Maurício Valladares. Os rostos dividem espaço com muitas sombras.

 

Integram o álbum 11 faixas. O vocalista assina todas as letras. Já as composições sonoras são todas coletivas, com exceção de duas músicas, creditadas apenas a Renato Russo. “Por Enquanto” foi feita no estúdio e não tem guitarra. Quebra, portanto, o padrão geral do álbum e antecipa a importância dos teclados nos arranjos para uma parte das músicas do segundo LP.

 

“Geração Coca-Cola”, por outro lado, foi composta na época da Aborto Elétrico. Ganhou arranjo acústico na fase “trovador solitário” de Renato. Por fim, agregou-se ao repertório da Legião, que fez questão de lhe conferir um espírito de hino, muito urbano e muito elétrico. Várias alternativas foram testadas no estúdio, mas prevaleceu, com certo polimento, a versão mais coerente com a proposta da banda.

 

As demais faixas foram todas compostas após 1983. “Petróleo do Futuro”, “Teorema”, “Ainda é Cedo”, “O Reggae”, “A Dança” e “Perdidos no Espaço” estão entre as mais antigas. Depois, vieram “Baader-Meinhof Blues” e “Soldados”. Por fim, “Será”, já em 1984.

 

Há certo ecletismo quando consideramos as onze faixas. “Petróleo do Futuro”, “Teorema”, “Baader-Meinhof Blues”, “Geração Coca-Cola” e “Perdidos no Espaço” podem ser colocadas no mesmo bloco: rápidas, diretas, sujas, quase sem espaço para respiração. Comparadas com outras peças do BRock lançadas até então por grandes gravadoras, distinguiam-se por sua pungência.

 

A outra metade do álbum mostra variações expressivas. “O Reggae”, quase toda composta por Bonfá, é autoexplicativa. “A Dança”, com seu arranjo finalizado com a contribuição de Renato Rocha, é um funk com timbres eletrônicos. “Ainda é Cedo” sustenta-se em sua linha de baixo, o mesmo ocorrendo em “Soldados” com sua bateria marcial. Mantêm o parentesco nas guitarras cirúrgicas e no uso discreto do teclado. Tudo muda em “Por Enquanto”, uma balada synthpop.

 

“Será” pode ser colocada ao lado de “Geração Coca-Cola” e das outras, mas recebeu um tratamento especial pelo seu potencial pop. Rondeau sugeriu que se acrescentasse o glockenspiel, o que, junto com outros elementos, domesticou a ferocidade que reaparecia nos shows. A faixa passou por quatro mixagens diferentes, e foi a última a ser finalizada. Em meados de 1985, ganhou um clipe.

 

O cuidado foi recompensado: “Será” foi eleita pelos leitores da Bizz como a melhor música de 1985. Junto com “Geração Coca-Cola” e “Soldados” (que também ganhou um clipe), ela aparece em outra lista de mais votadas, a do Jornal do Brasil.

 

“Ainda é Cedo” também foi um sucesso e mereceu outro clipe. Já era tocada pelos Paralamas em seus shows antes de ser gravada e foi a música que a Legião escolheu para sua apresentação em dezembro de 1986 no programa televisivo Chico & Caetano. Nos shows, Renato costumava estendê-la, inserindo outras letras ou provocando a energia da banda. A versão do LP é mais econômica e está nisso mesmo seu ponto forte.

 

O repertório das apresentações da Legião em seus primeiros anos costumava incluir outras músicas, como “Conexão Amazônica” e “Tédio”, que seriam registradas no terceiro álbum. Também entrava “Música Urbana”, gravada em versão blues, apenas voz e violão, em Dois. Nos shows, “Música Urbana” era elétrica. No geral, a voltagem era alta, deixando de fora “Por Enquanto”.

 

A Legião conquistou a fama tentando não se corromper. Até onde conseguiu (pois técnicos e diretores da EMI interferiram no produto final), manteve o controle de sua arte. Inclusive no encarte do álbum. Não houve instrumentistas adicionais. Bateu o pé para afirmar sua identidade e arrombou as portas do BRock. Música pós-punk forjada com atitude punk.

 

 

Punks e algo mais

 

Aborto Elétrico e outras tantas bandas formadas em Brasília antes da década de 70 terminar tinham como inspiração o punk. No entanto, com o começo da década de 80, referências do pós-punk e mesmo do reggae vieram a temperar os sons e as letras dos iniciantes.

 

Na Legião, os quatro integrantes mostravam influências do punk e do pós-punk. Sex Pistols, Ramones e Dead Kennedys conviviam com Talking Heads, Gang of Four, PIL, Bauhaus, The Cure, Joy Division, New Order, U2 e The Smiths. Bem antes de algumas bandas inglesas entrarem na programação das rádios, já circulavam entre a turma de Brasília. Outras, como Comsat Angels, nunca saíram de lá.

 

Nessa turma, Renato Russo tinha um perfil peculiar. Estava entre os mais velhos. Tinha um conhecimento musical (não apenas do rock) fora do comum, temperado por referências de literatura, cinema e astrologia. Começou a trabalhar cedo como professor de inglês. Formou-se em jornalismo. E antes de 1977, curtia rock progressivo, folk music, Bob Dylan e alguma coisa de MPB. Mesmo assim, o punk o arrebatou. Mostrou que era possível ter uma banda sem grandes habilidades musicais. Acentuou sua sensibilidade para temáticas sociais e políticas.

 

Singular também era a paisagem de Brasília, onde a ausência de um regime democrático era sentida na pele. Os privilégios de militares e políticos. O contraste entre o Plano Piloto e as cidades satélites. A repressão que chegava até nas escolas quando havia manifestações em favor de eleições diretas para a Presidência da República…

 

Os roqueiros da Turma da Colina (bloco de moradias dentro do campus da UnB) eram socialmente privilegiados, algo que perceberam conhecendo de perto os punks em São Paulo. Apesar disso, não poupavam de críticas o Estado ditatorial e a polícia repressiva. Moradores do Plano Piloto, sofriam com a arquitetura fria e o ambiente controlado, que alimentavam o tédio e o desespero.

 

Nas composições das bandas de Brasília, as questões sociais e políticas se mantiveram, mas passaram a dividir espaço com angústias pessoais, instigadas por sensibilidades pós-punk. Novamente, Renato se distinguia. Comparado ao visual de um Cazuza, ele estava mais para um nerd, com seus óculos de intelectual. Suas letras eram capazes de incluir referências sofisticadas em uma linguagem coloquial.

 

Nas faixas do primeiro álbum da Legião, político e pessoal muitas vezes andam juntos. Exemplos? “Será”, com seus versos simples, pode ser ouvida tanto como desencontro amoroso quanto como uma crítica à ditadura. “Soldados” é uma música anti-guerra e ao mesmo tempo uma das primeiras abordagens homoeróticas na obra de Renato. “O Reggae”, cantada na primeira pessoa do singular, está recheada de críticas às instituições sociais. Por isso, enfrentou problemas na Censura.

 

Isso ocorreu também com uma letra que trata de violência, “Baader-Meinhof Blues”, cujo título cita um grupo alemão de extrema-esquerda (provavelmente conhecido via outra banda inglesa, The Clash). Seu refrão começa assim: “Já estou cheio de me sentir vazio”. “Petróleo do Futuro” revela desencantos enquanto denuncia que pessoas seguem “desaparecendo embaixo dos arquivos”.

 

“Ainda é Cedo” é a história torturada de um relacionamento. “Por Enquanto” retoma o tema com mais melancolia e alguma nostalgia. Na outra ponta, o sexismo é o alvo de “A Dança”. Nesta, as drogas também são criticadas, embora o próprio Renato já enfrentasse problemas nesse campo, especialmente com o álcool.

 

“Geração Coca-Cola” merece menção especial, pois é realmente um manifesto. “Somos os filhos da revolução” é um verso cruelmente irônico. Remete ao “jogo sujo” inaugurado com o golpe de 1964, mas também ao “lixo comercial e industrial” da cultura pop que inundou o Brasil. É chegada a hora de “cuspir de volta o lixo” e de “derrubar os reis”. 1985 é o ano de retomada da democracia e faz parte do período de auge do BRock.

 

Em textos divulgados ao longo de seus anos de formação, Russo situa sua música com dois contrapontos: a discoteca alienante e a MPB que perdera o contato com os jovens. O rock poderia restabelecer esse contato, mesmo que não fosse “música brasileira”. Usaria referências estrangeiras para tratar de temas pessoal e socialmente sensíveis. “Roqueiros colonizados, mas atentos, conscientes” – como escreveu em artigo de 1983.

 

Ao contrário de outros expoentes do BRock, Renato reconhecia o valor da MPB. Apenas criticava sua linguagem e uma certa acomodação. Quanto à linguagem, ela vai evoluindo em direção a uma poética específica. Basta comparar letras da época da Aborto com as letras da Legião para perceber que elas conseguiram conciliar simplicidade e densidade (ver o exemplo de “Perdidos no Espaço” e sua narrativa de uma experiência com drogas).

 

Além disso, para Renato, rock era “música da África”, que, por muitas mediações, se internacionalizou e se configurou para se comunicar com jovens. Como provocar reflexão e oferecer diversão ao mesmo tempo? A Legião seria um instrumento para essa missão. E Russo e seus comparsas estavam decididos a não capitular.

 

Desde sua formação, a banda recusa o rótulo punk. Mas é inegável que suas inspirações iniciais se refletiam em exigências e escolhas artísticas. Não há solos de guitarra. Algumas faixas não têm refrão, como “O Reggae”, ou quando tem, não repetem a mesma letra, como “Teorema”, uma possível citação a um filme de Pasolini.

 

No estúdio, apesar das resistências dos técnicos, pouco acostumados a timbres mais agressivos, Bonfá insistiu em “abrir o chimbal”. O resultado, mal captado pelas gravações, era uma sonoridade mais intensa. O acompanhamento com o uso do surdo, comum no punk, também faz parte dessa estética.

 

Ao final de “Baader-Meinhof Blues”, ouvimos um violão inusitado. Renato introduziu esse trecho durante a mixagem da faixa. É algo sutil, mas distintivo no panorama musical da época, ao menos no rock brasileiro. O mesmo se pode dizer dos teclados soando como piano no contraponto com as bases em “Ainda É Cedo” e “Soldados”.

 

Nos palcos, a banda também marcava posição. Em 1985, participaram uma única vez do Programa do Chacrinha. A exigência de que vestissem “roupas adequadas” confirmou que havia incompatibilidades com o showbizz. Em vez de fazerem o circuito dos bailes de subúrbio com playbacks, preferiam tocar ao vivo em danceterias (onde se registrou pelo menos um caso de racismo sofrido por Renato Rocha).

 

Nas apresentações, o visual de Renato variava: às vezes o coletinho nerd, às vezes camisetas desgrenhadas com nome de bandas – ou de um livro como Feliz Ano Velho. Sua performance também oscilava, ora acariciando o microfone, ora se entregando a movimentos espasmódicos – era sua forma de dançar “com ódio de verdade”.

 

Logo as danceterias começariam a ficar pequenas para a audiência da banda. As apostas da Legião pareciam certas: era possível fazer rock sério e ter um público fiel. Diante das duas outras grandes novidades de 1985, RPM e Ultraje a Rigor, a banda brasiliense se destacava por juntar graus elevados de inteligência e agressividade.

 

O BRock continuou sendo plural. Mas vale perguntar: sem o primeiro álbum da Legião haveria a mesma receptividade para o também eclético e mais feroz Cabeça Dinossauro? A estreia da Legião não teria aberto o caminho para que grandes gravadoras lançassem bandas ainda menos distantes do punk, como Plebe Rude (EMI), Inocentes (Warner) e Replicantes (BMG/RCA)?

 

Ao mesmo tempo, essa tendência alimentou um debate sobre a brasilidade do rock – ou a falta dela. Lembremos que Renato não considerava o rock “música brasileira”. Não serão poucas as indicações que relacionam, a ponto de se tornarem denúncias de plágio, faixas do primeiro álbum com músicas do pós-punk inglês.

 

Em contraponto, os Paralamas vão se arriscar na inserção, em termos de temas e sonoridades, de elementos brasileiros no rock, caminho inaugurado por Selvagem? Logo eles, que apadrinharam a Legião (e também a Plebe Rude) e que beberam intensamente nos expoentes do two tone inglês.

 

Por tudo isso, ou seja, por impulsionar o BRock em uma direção mais contundente, por suscitar o debate sobre a brasilidade desse rock, o primeiro álbum da Legião Urbana –mesmo não sendo, para a maioria dos críticos e fãs, o melhor da banda – cumpre um papel histórico fundamental.

 

E por falar em história, é impossível não retomar o início de meu comentário, quando citei Marcelo Rubens Paiva. Escrito em 1996, esse comentário reflete sobre a década anterior. Lembremos que a Legião, em sua formação, acompanha a redemocratização da política brasileira. Nesse sentido, abraçava o sonho de uma geração, o de reconstruir o país.

 

Agora que o filme baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva ganha merecida atenção, tornando-se a trilha literária das investigações sobre o projetado golpe de 2022, nada mais adequado do que mencionar o que disse Renato Russo em um show de outubro de 1985, no Circo Voador. O registro está no livro de Carlos Marcelo. O ex-presidente Médici, que protagonizou o período mais sombrio do regime inaugurado por outro golpe, havia morrido no dia anterior:

 

– Muitas vezes eu penso que só morre gente boa, gente que faz bem ao mundo. No entanto, a morte de um ditador me conforta, e, creio, conforta a todas as pessoas que sonham com um Brasil livre e bonito. Então, vamos fazer desse show a celebração da morte de mais um fascista.

 

 

 

Nota: além dos livros citados anteriormente, entre as fontes para este texto estão o documentário Rock Brasília de Vladimir Carvalho, a autobiografia de Dado Villa-Lobos, entrevistas de Mayrton Bahia e José Emílio Rondeau disponíveis no YouTube e os comentários de Júlio Ettore.

 

 

Emerson G

Emerson G curte ler e escrever sobre música, especialmente rock. Sua formação é em antropologia embalada por “bons sons”, para citar o reverendo Fábio Massari. Outra citação que assina embaixo: “sem música, a vida seria um erro” (F. Nietzsche).

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