Dois aninhos
Em 13 de fevereiro de 2019, num universo de pouco futuro em termos de freelas e possibilidades, foi pro ar o meu site, Célula Pop. Fiz um manifesto de intenções, chamei meus amigos queridos para inaugurar o neném e parti para este velho sonho, o de ter meu próprio espaço para expressar opiniões sobre cultura pop, comportamento, política e tudo mais. O nome foi sugerido pelo amigo Henrique Sulzbach de Oliveira, misturando CEL e Lula, como uma marca de posicionamento ideológico. E como um nome dotado de total sentido. Uma fração, mínima, mas que guarda em si todo o necessário para ir em frente e evoluir. Sim, é bem isso.
Ao longo deste tempo, o site “fez mitose”, cresceu. Hoje estamos com três vezes mais visualizações e três vezes mais acessos. Demos notícias em primeira mão, abrimos espaço para novos e novíssimos artistas nacionais e estrangeiros. Fizemos playlists, entrevistas, furos e tudo mais. Somos procurados diariamente por várias assessorias de imprensa com pautas de todos os tipos. Recebemos material para dar opinião na mesma data que os grandes, enormes veículos da mídia.
Com o passar dos dias, espero que as pessoas tenham se acostumado a passar na Célula de vez em quando. E de vez em sempre. Amigos queridos relatam que vêem o site sempre em busca de material novo, de artistas interessantes e desconhecidos. A Célula tem essa missão brancaleônica de enfrentar os grandes dragões. Tem esse ímpeto de furar bloqueios, trazer novidades, ser engajado politicamente e tal. E a gente tem conseguido.
Entrevistas gringas? Sim, temos. Todas feitas no peito e na raça, em sua maioria através de contato direto com os artistas, via redes sociais. Quem apareceu até agora no site, realmente se interessou em responder a um jornalista independente do Brasil, o que é prova de que é gente arejada e interessada em transmitir sua arte.
O site é pra vocês. Todos os dias eu fico pensando em como torná-lo cada vez mais viável num país como o nosso, que não acha que a cultura é algo necessário. A gente enfrenta todo tipo de revés financeiro, luta com dificuldade para fazer as pessoas entenderem que escrever sobre discos, filmes, TV é ação remunerada, conta com a boa vontade de gente querida que aposta em nós.
Quero agradecer aos fiéis assinantes do site. A contribuição que fazem é imprescindível e ajuda a manter em dia o acesso a uma internet de qualidade, bem como deixar o dono da Célula com o mínimo de recurso pra ajudar nas despesas da agora nova casa. Pequenininha, alugada, mas limpinha. 🙂
Seguimos em frente. Novas pautas surgem, novas seções vêm, novas entrevistas, artigos, textos. Estamos aqui, você pode confiar. E se você é artista novo, precisando de espaço, manda pra gente que, se for legal o teu trabalho, o espaço é garantido.
Se quiser nos ajudar a engordar o time de assinantes, aqui está o link pra nossa campanha de financiamento mensal. Tem recompensas bem legais lá.
E já aviso que parcerias virão, o site está em ascensão e, com a ajuda de todos, seguirá em frente.
Um beijo.
Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.
