Bernie Sanders & The Strokes
Parece nome de uma daquelas bandas dos anos 1950, certo? Mas é só uma jogadinha esperta no título do artigo pra mostrar um fato bem legal que foi divulgado hoje, mais cedo. Os Strokes, banda liderada por Julian Casablancas, vai se apresentar num comício do candidaio a candidato democrata nas próximas eleições americanas, Bernie Sanders. O evento será no dia 10 de fevereiro, em New Hampshire, na Whitemore Center Arena. Legal, né?
O mais bacana é que Bernie está em primeiro lugar entre os eleitores não-brancos e, segundo pesquisas dentro do próprio Partido Democrata, parece ser, pelo menos, até agora, o candidato com mais chances de derrotar o atual presidente americano, cujo nome evitamos mencionar.
Acusado de “comunista”, “socialista” pelos partidário do burrismo aqui e alhures, Sanders é um defensor do estado de bem estar social, uma forma um pouco mais justa de capitalismo – que, em si, se baseia na injustiça para existir – na qual o estado tem interferência na economia para evitar o abismo da desigualdade social e garantir que os mais pobres não sucumbam diante da ganância desenfreada. Mesmo que muita gente se diga entusiasta do neoliberalismo, a atual forma de capitalismo vigente, o sistema está levando o planeta e as populações a um estado alarmante. Uma mudança de direção no país mais poderoso do mundo iria, certamente, trazer benefícios para o planeta.
Enquanto isso não acontece, é bacana ver a classe artística americana, pelo menos os que importam, apoiando Bernie Sanders. Gente da música, como Bon Iver, Kim Gordon, Cardi B, Norah Jones, Stephn Malkmus, Cat Power, Vampire Weekend, Jack White, entre muitos outros, já manifestaram apoio a uma eventual candidatura de Sander à presidência dos EUA.
Estamos na torcida.
Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.
Meus amozinhos nunca me decepciona..Estamos todos na torcida!