New Order lança single e repõe clássico
Na virada da meia-noite, sete para oito de setembro, surgiu nos serviços de streaming o novíssimo single do New Order: “Be A Rebel”. A banda anunciou a data misteriosamente na semana passada e a intrépida Ariana de Oliveira me avisou:
– Tem novidade do New Order vindo aí?
– Não que eu saiba, respondi já meio desconfiado.
Claro que havia. Pensei que poderia ser até um novíssimo álbum, mas, definitivamente, a chegada de um single é algo a ser celebrado. A banda terminou por confirmar a nova música, dizendo que ela seria apresentada ao grande público na manhã desta terça, no Breakfast With Zoe The Ball, na BBC Radio 2.
“Be A Rebel” tem andamento bacaninha, melodia simples, arranjo que privilegia justamente a estrutura da canção, deixando de lado algum traço novidadeiro de estúdio ou algo assim. Poderia até ser uma canção do Electronic, luminoso projeto paralelo de Barney Summers no início dos anos 1990, com Johnny Marr e participação dos Pet Shop Boys.
Vale lembrar que “Be A Rebel” é o primeiro single do New Order em cinco anos e pode, sim, significar a chegada de um novo álbum de inéditas, que seria o sucessor do ótimo “Music Complete”, lançado em 2016. Em 2017 e 2019 o grupo de Manchester lançou dois discos ao vivo, “Nomc 15” e “∑(No,12k,Lg,17Mif): Live at Manchester International Festival de New Order + Liam Gillick: So it goes..”.
Listen to the @ZoeTheBall Breakfast Show on @BBCRadio2 tomorrow morning to hear our brand new single, Be A Rebel. pic.twitter.com/7GrAddEXQf
— New Order (@neworder) September 7, 2020
Em tempo: voltou às plataformas de streaming o clássico “Substance”, lançado em 1987. Talvez seja um dos cinco álbuns duplos realmente indispensáveis à vida humana e, certamente, uma das coletâneas mais sensacionais de todos os tempos. Qualquer palavra aqui é apressada. Apenas ouçam.

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.