Luiza Brina lança 1ª música de seu novo disco
Luiza Brina é vocalista e guitarrista da banda Graveola, instrumentista essencial na circulação do cantautor Castello Branco, co-arranjadora do elogiado e premiado álbum de estreia de Julia Branco, de quem é também parceira – viu, por tantos anos, passar a canção de Ronaldo Bastos em sua vida. Até que, durante o processo para seu novo trabalho, que chega dia 2 de agosto a todas as plataformas digitais (Matraca Records / YB Music), com estreia nos palcos no dia 8 de agosto, no Festival Levada, no Rio de Janeiro, se viu diante de uma melodia sob medida para ele.
A partir de conversas e provocações de César Lacerda, diretor artístico do novo trabalho da artista, Luiza compôs ao violão a melodia do que viria a se tornar “Acorda para ver o sol”, primeiro single de seu terceiro álbum solo. Com a melodia pronta, enviou a Ronaldo, que imediatamente telefonou para ela, para conversar sobre a música que viria.
“Toda vez que vou compor, penso porque não escolhi outra profissão. Cada vez que me deparo com uma melodia, penso que preciso aprender a fazer aquela canção. Estou aprendendo como fazer a nossa” – confessou o compositor responsável por um punhado das mais grandiosas músicas do imaginário popular brasileiro.
Por sorte, Ronaldo Bastos escolheu ser compositor. O que permitiu que o flerte musical entre ele e Luiza Brina, que se iniciou timidamente, se tornasse uma canção de amor. Um “amor desses de bicicleta”, comenta Luiza. E que coube perfeitamente para outro encontro: o da artista com Fernanda Takai, que divide as vozes com ela.
“Acorda para ver o sol” corta as fitas e abre caminho para chegada do novo álbum da artista que, com parcerias estreantes ou renovadas, e uma gama de instrumentistas que ajudam a moldar o trabalho, reflete sobre o lugar de sua música, até que a própria música possa soar como resposta.
A finalização desse disco é realizada com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, com o patrocínio da UniBH.
Luiza Brina possui dois álbuns lançados: “A toada vem é pelo vento”, de 2012, e “Tão Tá”, de 2017, produzido por Chico Neves – este último prensado e lançado no Japão pelo selo Inpartmaint Inc, com destaque na revista LATINA.
Assista ao encontro entre Luiza Brina, Ronaldo Bastos e Fernanda Takai, dirigido por Sara Não Tem Nome:
Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.