Já tem música muito boa em 2021

 

Pessoal, ainda estamos no dia 21 de janeiro e já computamos vários lançamentos bacanas disponíveis no seu serviço preferido de streaming. Temos rock, temos soul, temos música eletrônica, temos powerpop, enfim, um cardápio variado para quem se interessa em garimpar bons sons. Sabemos bem: não adianta ficar esperando que esses novos álbuns caiam no seu colo ou que você ouça falar deles vendo a Rede Globo ou suas variantes na TV por assinatura. Tem que prestigiar os bons sites nacionais que fazem a cobertura dessas novidades, caso aqui da Célula mas de outros vários por aí. Procure o seu preferido, prestigie o trabalho do abnegado jornalista e se informe. A partir daí você dá andamento no curso natural das coisas, que é pra frente.

 

Selecionamentos cinco sugestões para você já começar a tirar a poeira da mesmice dos ombros e mergulhar na crocância total.

 

 

Quem?

Kiwi Jr

Disco?

Cooler Returns

O que esperar?

Quarteto canadense que dá as caras no segundo álbum, dessa vez com a chancela do selo Sub Pop. É rock alternativo que nunca morre. Guitarras predominantes, vocais que cantam com inflexão que pega tanto de Strokes quanto de The Cars, mostrando que os caras prezam a conexão new wave-indie-powerpop. É tudo bem feito e alegre.

Destaque?

Se você não sorrir com “Undecided Voters”, vá ver um médico.

 

 

 

 

Quem?

Matthew Sweet

Disco?

Catspaw

O que esperar?

Matthew é um veterano da virada dos anos 1980/90, sempre transitando pelos caminhos do powerpop. Quando não estava fazendo belos discos com riffs de guitarra sobre melodias doces, ele duetava com Susannah Hoffs – das Bangles – em belos trabalhos de revisitação de clássicos pop dos anos 1960/70/80.

Destaque?

“Challenge The Gods” é o tipo de música que tem guitarras emburradinhas que conduzem a melodia pra caminhos que resultarão em sorriso certo.

 

 

 

Quem?

Midnight Sister

Disco?

Painting The Roses

 

O que esperar?

Dois multi-artistas – como eles se definem – chamado Juliana Giraffe e Ari Balouzia. Os caras são baseados em Los Angeles, fazem filmes, trilhas sonoras, usam referências de pop clássico setentista e acabam soando como se fosse uma versão mais pop e lo-fi do Portishead.

 

Destaque?

“My Elevator Song”, que tem cordas dramáticas, vocais sussurrados e clima de torpor total pós-almoço de domingo. Lindeza de várias procedências. “Wednesday Baby”, por sua vez, já parece uma canção dos … Carpenters, sem tirar, nem por. Impressionante.

 

 

 

Quem?

Young Gun Silver Fox

 

Disco?

Canyons

 

O que esperar?

Outra dupla californiana, dessa vez com Andy Platts e Lee Summon. A pegada dos caras é a recriação minuciosa das sonoridades de FM do início dos anos 1980. É o que o pessoal chama de AOR ou Yatch Rock, mas, deixando os termos pra lá, dá pra ver que os dois têm a manha de evocar tempos idos mas se destacam como ótimos compositores.

 

Destaque?

“Kids”, a faixa de abertura, é um verdadeiro brinco de ouro da princesa: clima perfeito, vocais na medida, ótimo trabalho de piano Fender Rhodes, enfim, um típico standard que poderia estar nas paradas em 1980.

 

 

 

Quem?

Aaron Frazer

 

Disco?

Introducing…

 

O que esperar?

Aaron Frazer é baterista da banda de soul Durand Jones And The Indications. Seu trabalho é mais dentro da vertente do soul vintage, que procurar recuperar sonoridades do início dos anos 1960. Frazer tem ótima voz e bom senso como compositor, oferecendo ótimas canções nessa sua estreia solo.

 

Destaque?

“Over You” tem tudo o que você precisa para dançar, sorrir, cantar junto e brincar de air drumming.

 

 

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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