Dez Filmes Bacanas de 2021

 

 

Uma das consequências imediatas da vacinação contra a covid-19 será, esperamos todos, a volta aos cinemas. Sabemos que as grandes salas já não concentram mais grande públicos e que seu faturamento vem muito mais dos serviços acessórios – especialmente a venda de lanches e demais comilanças – porém, é provável que as pessoas voltem ao escurinho das sessões apenas pela liberdade readquirida de aglomerar e ficar num ambiente fechado. E mesmo que você não se anime mesmo assim, há motivos para celebrar: a indústria do cinema ainda se move tendo como referencial o fluxo de estreias nas telonas. Mesmo com o avanço do streaming caseiro, a volta do público às salas significa o retorno ao funcionamento habitual da própria indústria. E isso abastecerá os serviços on demand e os próprios streamings.

 

Mesmo que ainda não saibamos quando a vacina ficará disponível, especialmente no Brasil de 2021, relacionamos dez filmes que devem passar em algum lugar neste ano. Tem cult, tem pipoca, tem blockbuster, tem um pouco de tudo. Vamos conferir.

 

 

– Mundo em Caos, de Doug Lyman – a premissa é interessantíssima: uma história que se passa num futuro pós-apocalíptico, no qual as mulheres desapareceram da face do planeta e os homens são vítimas do Ruído, uma doença que expõe os pensamentos uns dos outros. É uma metáfora sobre a violência e a falta absoluta de privacidade e tem Daisy Ridley e Tom Holland nos papeis principais. A direção ficará por conta do bom Doug Lyman e o roteiro foi adaptado pelo escritor Patrick Ness, que criou a história e a lançou em livro em 2008.

 

 

 

– Duna, de Dennis Villeneuve – adaptação renovada do clássico escrito por Frank Herbert e que padece do status de “infilmável”. A trama é extremamente complexa, vários personagens surgem e desaparecem e a falta de referencial em relação à nossa realidade, comprometem as abordagens cinematográfica. Villeneuve tem respaldo de carregar um clássico moderno em seu currículo – “A Chegada” – além de ser elemento chave na confecção das ótimas séries “Big Little Lies” e “Sharp Objects”. Estamos aguardando fortemente. No elenco temos Timothée Chalamet, Zendaya, Oscar Isaac, entre outros.

 

 

– Relatos do Mundo, de Paul Greengrass – a história é sobre um veterano da Guerra de Secessão que aceita a tarefa de conduzir uma menina, criada por índios, de volta para sua família. Quem interpreta o velho capitão Kidd da trama é Tom Hanks e a menina é vivida pela alemã Helena Zengel. O roteiro é baseado no livro de Paulette Jiles.

 

 

 

– The Mauritanian, de Kevin MacDonald – filme anglo-americano em que uma advogada, vivida por Josie Foster, se dispõe a defender um prisioneiro misterioso que está confinado na base americana de Guantánamo, em Cuba, há mais de dez anos sem uma acusação formal. Completam o elenco Tahar Rahim, Shailene Woodley e Benedict Cumberbatch. Baseado no livro de Mohamedou Ould Salahi, “Guantánamo Diary”. O diretor MacDonald é o mesmo de “O Último Rei da Escócia”.

 

 

 

– 007 – Sem Tempo Para Morrer, de Cary Fukunaga – esta é a despedida de Daniel Craig do papel de James Bond e podemos dizer que ele é um dos mais interessantes atores a encarnar o agente secreto britânico com licença para matar. Intempestivo, nervoso, instável e violento, seu Bond deixou de lado sutilezas e cinismo para empenhar o próprio coração em muitas circunstâncias. Enquanto isso, a própria franquia de filmes sobre Bond se renovou e adaptou ao nosso mundo atual. Em tempo: Bond irá enfrentar um vilão enlouquecido, vivido por Rami Malek (“Bohemian Rapsody” e “Mr.Robot”).

 

 

 

– Nomadland, de Chloé Zhao – a trama traz Frances McDormand (de “Fargo” e “Três Anúncios Para Um Crime”) como uma mulher que perdeu tudo na crise do capitalismo de 2008 e resolveu viver numa van, sem paradeiro certo, visitando os rincões da América mais profunda. Se o Brasil profundo encerra as criaturas que já sabemos que existem, imagine só o que não deve ter nas entranhas dos Estados Unidos…

 

 

 

– O Pai, de Florian Zeller – baseado numa peça francesa, escrita pelo próprio diretor, o filme traz a história de pai e filha, cuja relação passa a se deteriorar quando ele apresenta sinais de demência e recusa a ajuda da herdeira. O elenco tem os ótimos Anthony Hopkins e Olivia Colman e já dá pra imaginar a quantidade de situações emocionantes e duríssimas que virão por aí.

 

 

– Um Lugar Silencioso: Parte II, de John Krasinski – lembro bem que já havia chamadas televisivas para a estreia deste filme quando a pandemia chegou, em março do ano passado. É a continuação do primeiro longa, trazendo a ótima Emily Blunt como uma sobrevivente pós-apocalíptica em um mundo que foi invadido por seres sensíveis ao som e que destroçam tudo que fizer o mínimo barulho. Com ela no elenco está Cillian Murphy, de “Peaky Blinders”.

 

 

 

– Pequenos Vestígios, de John Lee Hancock – com um elenco de feras, encabeçado por Denzel Washington e com Rami Malek e Jared Leto, este filme vai trazer dois policiais de Los Angeles às voltas com um serial killer que não conseguem capturar, mas que suspeitam ser o personagem de Leto. As cenas já divulgadas mostram mistério e ótimas atuações, numa trama que não parece ter mocinhos.

 

 

 

– Top Gun: Maverick, de Joseph Kosinski – depois de 35 anos, Tom Cruise volta a viver o tenente Pete “Maverick” Mitchell, piloto de caças da Marinha americana, rebelde, daqueles que não seguem regras, mas que são capazes de voar por intuição. A nova trama mostra Maverick como instrutor da escola de pilotos da Marinha e o elenco vem com figurões como Miles Teller, Jennifer Connelly, Ed Harris e Jon Hamm. A conferir novas e impressionantes tomadas com caças americanos de última geração.

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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