Conheça o 2BUNK

 

 

“I Can Take U There” é a introdução que 2BUNK apresenta ao seu trabalho em sonoridades, referências estéticas e no clima entorpecido de suas criações. É o resultado da soma das vivências, gostos e talentos da dupla Patrick Laplan e João Capdeville.

 

2BUNK nasceu da amizade entre os dois e da vontade de compor e produzir com maior liberdade, de forma com que os dois dialoguem com sons de inspirações múltiplas, sem qualquer limite para sua criatividade. É uma ambientação sonora diferente de tudo o que eles apresentaram no passado, seja as vertentes do rock que Laplan trabalhou em Los Hermanos, Trêmula e Rodox, ou o MPB de cunho indie que Capdeville colocou em seus discos solo. Desta vez, a base para as músicas é a ênfase na união das batidas com a melodia da voz.

 

No caso de “I Can Take U There, a faixa surgiu de experimentos do duo com as cordas e os beats. Depois da letra composta – com seu conteúdo sensual cantado por um eu-lírico dúbio, que sofre e causa dor -, 2BUNK chamou Gabriel Ventura (Ventre) para trabalhar os elementos que já haviam na faixa, processando-os com seus efeitos para criar o momento meio dub, meio psicodélico na música.

 

O single é uma primeira amostra do EP Autômato, que 2BUNK lançará em 08 de maio.

(Foto: Leonardo Braga)

 

Sobre 2BUNK

O futuro já começou, e ele é distópico. Mesmo antes da pandemia Covid-19, várias das estruturas daquilo que entendemos como realidade já estavam ruindo, de encontro ao que gerações anteriores sonharam para este século. Como é fazer música nesse contexto? 2BUNK já sacou isso antes dos outros. Aliás, foi dessa reflexão que a própria natureza do projeto foi estabelecida. Dela e da amizade entre Patrick Laplan e João Capdeville.

 

Durante a produção do disco João Capdeville (2018), que Laplan produziu, as afinidades musicais dos dois se desenvolveram para além da estética daquele álbum. O produtor e multi instrumentista (ex-integrante de bandas como Los Hermanos, Trêmula e Rodox, já tendo tocado também com Biquini Cavadão, Marcelo Yuka e Filipe Ret) trouxe sua vontade de fazer um som hedonista, que goze em uma vibe inebriante. Já Capdeville realocou seus talentos de composição e interpretação vocal para um território eletrônico, contemporâneo e pop, que se alinha ao que temos ouvido de mais interessante no meio autoral dos últimos anos.

 

O som que 2BUNK apresenta vai direto aonde quer sem enrolação (sem tempo, irmão). Abrindo mão de preciosismos, os dois trabalham com a experiência que ganharam em seus projetos, estudos e experimentações. É uma música que trabalha menos elementos, em um trânsito livre por influências geográficas – do Caribe ao Marrocos – e sem se ater a um ou outro estilo. Como é que alguém escolheria se limitar a esta altura do campeonato?

 

É com isso tudo em mente que 2BUNK apresenta seus primeiros lançamentos. Patrick e João trabalham juntos para entregar composições em três línguas diferentes que sabem dialogar com o pop e com o alternativo, sem se entregar às demandas da indústria, nem à vaidade de um nicho. Tendo em vista que, nas atuais circunstâncias, o que sobra é o prazer de curtir boa música e as relações que estabelecemos com quem escolhemos dividir espaço nesta existência.

 

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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