A Biblioteca Pública do Radiohead
A gente tem que tirar o chapéu para o Radiohead. A gente nem é obrigado a gostar de tudo o que fizeram em uma carreira que já ultrapassa os 27 anos, mas é preciso saudar Thom Yorke e companhia pela consideração e carinho que dispensam aos fãs. Imagine se toda banda tivesse o projeto – e a execução – de colocar no ar um site em que absolutamente tudo o que foi lançado por ela – de discos, clipes, mídia, merchandising, chegando a shows – fosse disponibilizado de graça, para consulta, pesquisa ou diversão.
Pois é essa a ideia que norteia a Radiohead Public Library, que entrou no ar e está disponível pra quem quiser acessar tudo o que a banda já fez até agora. Além disso, claro, ficar a par de tudo o que vão fazer. Há mimos como um arquivo baixável em que o fã pode colocar uma foto e fazer uma carteira de membro da biblioteca, tirando uma onda ou, simplesmente, fazendo uma das tantas maluquices que as pessoas fazem por aí.
Organizada por discos, partindo de “Moon Shaped Pool”, o mais recente álbum e chegando a “Pablo Honey”, o pontapé inicial na carreira do grupo, lançado em 1993, o fã pode ouvir singles, EPs, ver clipes, apresentações famosas e obscuras, baixar fotos, posters de turnês e – como se diz por aí – ter uma COMPLETA EXPERIÊNCIA IMERSIVA no catálogo do Radiohead.
Repito: você não precisa curtir tudo o que a banda fez até hoje – meu caso – mas há que dar um crédito aos caras por conta de empreitadas como esta.
Dá uma olhada aqui no link.
Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.
