Teenage Fanclub em Nova York, 1993
O Youtube é uma constante e inesgotável fonte de surpresas. Basta procurar com certa dedicação que o resultado é sempre bom. Eis que surge como indicação do site um vídeo que traz a íntegra de um show do Teenage Fanclub no Irving Plaza, em novembro de 1993, em plena Nova York. Por algum acordo extravagante, a apresentação dos escoceses foi transmitida para a … televisão japonesa e daí a preservação/qualidade do registro que está disponível no Youtube. São 54 minutos de uma banda exuberante, mais barulhenta do que se tornou com o tempo, com sua formação original e com aquele olhar de quem vai conquistar o mundo. Se não conquistou, o TFC angariou fãs fiéis por onde passou.
Em novembro de 1993, o grupo de Gerard Love, Raymond McGinley, Brendan O’Hare e Norman Blake vinha divulgando seu quarto álbum, “Thirteen”, que tinha pouco mais de um mês de lançado. Sendo assim, a apresentação do Irving Plaza é daquelas em que a banda apresenta novas canções e as mescla com clássicos da carreira, mesmo que o TFC não tivesse nem cinco anos de vida. O setlist é pródigo em momentos memoráveis e eu só lamento por não ver minhas preferidas de “Thirteen” inseridas no show, a saber, “Gene Clark” e “Hang On”. Mesmo assim, a mão pesadíssima no repertório do sensacional “Bandwagoneque” e da estreia, “Catholic Education”, compensa qualquer ausência. Além disso, ainda há uma cover à la Byrds de “Mr. Tambourine Man”, de Bob Dylan.
Vejam e amem.
Aqui está o setlist.
01: Short Interview
02: Radio
03: What You Do For Me
04: Commercial Alternative
05: Escher
06: Mr. Tambourine Man
07: Metal Baby
08: Alcoholiday
09: Star Sign
10: God Knows It’s True
11: Pet Rock
12: So Far Gone
13: Everything Flows
14: December
15: Goody Goody Gumdrops
16: Free Again
17: 120mins
18: The Concept
19: Satan
Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.
