Will Butler, vocalista do Arcade Fire, lança single

 

 

Em seu novo disco solo, “Generations”, que chega em 25 de setembro, Will Butler (Arcade Fire) escava por baixo do caos recente do mundo e encontra mais caos. As canções são conversas que se repetem. Todas as respostas são refutadas; todas as verdades são contingentes. E ainda, há uma sensação poderosa, quase esperançosa, de um movimento para frente pulsando ao longo do disco.

 

“Close My Eyes” é uma música que procura conforto e quase o encontra. Ela chega hoje com um vídeo (filmado por Butler em um barco a remo construído por seu avô) que destaca o desejo de fuga da música. Ele explica:

 

“Tentei fazer da letra uma descrição direta e honesta de uma emoção que sinto muitas vezes – um impulso para a mudança, acompanhada ao desespero: ‘I’m tired of waiting for a better day. But I’m scared and I’m lazy and nothing’s gonna change.’ Uma música meio triste. Tentando tocar em algum sentimento meio Smokey Robinson/Motown — ‘I’ve got to dance to keep from crying.’”

 

Embora as músicas de “Generations” contenham sua parte de pavor e arrependimento, em última análise há uma leveza que brilha na música de Butler. Esse brilho é moldado e intensificado com sua banda – Miles Francis, Sara Dobbs, Julie e Jenny Shore. A energia deles é palpável em “Generations”, com a maior parte das novas canções sendo elaboradas ao vivo.

 

 

A produção pesada de sintetizadores – graves e sinuosos synths de baixo com bateria – e backing vocals grandiosos como no primeiro single “Surrender” (considerado um dos favoritos da NPR e Uproxx) são pontuados por momentos íntimos e diretos: a voz rasgada de Butler em “Fine” enquanto ele conjura seus ancestrais e “Promised”, uma meditação sobre a amizade, como as vidas são construídas juntas e como e por que elas se separam.

 

 

Anteriormente, Will já havia lançado outro single: “Surrender”.

 

 

CEL

Carlos Eduardo Lima (CEL) é doutorando em História Social, jornalista especializado em cultura pop e editor-chefe da Célula Pop. Como crítico musical há mais de 20 anos, já trabalhou para o site Monkeybuzz e as revistas Rolling Stone Brasil e Rock Press. Acha que o mundo acabou no início dos anos 90, mas agora sabe que poucos e bons notaram. Ainda acredita que cacetadas da vida são essenciais para a produção da arte.

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